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Seja bem- vindo ao Blog dedicado à atriz Eliane Giardini!

quinta-feira, 11 de junho de 2009



Eliane Giardini vibra com o sucesso de Nazira e se prepara para brilhar hoje na Sapucaí Animadíssima, Nazira (Eliane Giardini) se requebra na avenida enquanto Mohamed (Antônio Calloni) tenta tirá-la de cima de um carro alegórico. Puro delírio da solteirona inconformada de “O clone”, claro, e a única maneira de convencer sua intérprete a desfilar no Sambódromo. Esta noite, além de Eliane Giardini, Adriana Lessa, Juliana Paes, Victor Fasano, Letícia Sabatella, Mara Manzan, Roberto Bonfim, Raul Gazzola e Jandira Martini estarão na Marquês de Sapucaí gravando, sob o comando do diretor Jayme Monjardim, cenas para a novela da Rede Globo.— Gosto de assistir, mas sou tímida para desfilar. Só mesmo na pele da Nazira! — diz Eliane, que aproveitará para realizar o sonho da mãe, Wandir, de 70 anos, e a levará para o camarote.Estrear na passarela do samba será apenas mais uma das aventuras que Eliane tem vivido desde que começou a interpretar Nazira. A diversão, conta ela, tem sido garantida.— Às vezes, já estou dando um tom exagerado a Nazira e o Jayme (Monjardim) grita: “Mais!”. Refaço a cena e ele diz: “Mais, sobe na mesa, corre para o outro lado!”. E eu vou atrás! A Nazira é louca, pode tudo.Os “cacos” ajudam a tornar as cenas mais engraçadas. Foi o que aconteceu quando Mohamed e Nazira discutiram porque ela queria fazer ginástica com Miro (Raul Gazzola).— O Calloni é louco como eu, então a gente enlouquece junto. Ele disse: “O profeta permite que as mulheres façam ginástica, mas não com o seu Miro!”. E eu respondi: “Claro, o profeta não conhecia o seu Miro!”. Podemos botar “cacos” porque temos uma base excelente, que é o texto da Glória Perez.Os muçulmanos de “O clone” vão para a avenida por mero acaso. Tavinho (Victor Fasano) lhes dará carona e os convidará para ir para sua frisa. Sem saber o que é isso e com vergonha de admitir a ignorância, o grupo vai parar num camarote do Sambódromo, onde já estará o núcleo do subúrbio.A princípio, Eliane gravaria no camarote cenas que mostrariam Nazira toda espetaculosa, deslumbrada com tantos corpos à mostra. Mas o sucesso da personagem fez com que Glória Perez optasse por botá-la para sambar, fantasiada e tudo. Eliane não acredita que a seqüência possa ofender os muçulmanos:— A Nazira só imagina que desfila; eles vão entender que é tudo mera ficção.Solteiríssima, a atriz tem se dedicado inteiramente ao trabalho. Quando não está decorando o texto ou gravando, fica imaginando o que Nazira faria, que enfeites usaria.— Estou me sentindo como Mia Farrow em “A rosa púrpura do Cairo” — diz, referindo-se ao filme em que a protagonista ia ao cinema e acabava entrando no filme. — Parece que a ficção está mais interessante que a realidade. Ou, então, sou eu que estou vivendo mais tempo na ficção! Antes de começar a gravar, enquanto não tiram as araras de roupa da minha frente, vou experimentando tudo. Fico horas amarrando os lenços.Eliane não sabia que se divertiria tanto. Quando aceitou encarnar Nazira, temeu que o público tivesse raiva dela. Mas arriscou, apostando que a dose de humor da personagem compensaria seu azedume:— Não sei se teria auto-estima para agüentar 70% do Brasil me odiando. Felizmente, as pessoas sorriem ao me ver.Os homens vão além. “Não casa se não quiser”, “Tô na fila” e outras gracinhas a perseguem onde quer que ela vá.— Estou adorando, vou passar um ano ouvindo cantadas! — brinca a atriz.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mariana Betti e Eliane Giardini


Juliana, D. Wandir, Eliane e Mariana



Juliana, Elaine e D. Wandir



Eliane e a mãe




Eliane e Mariana


Matéria de 2006
Eliane Giardini comemora aniversário em estréia teatral da filha
Mariana bem que tentou seguir uma carreira diferente da de seus pais. Cursou a faculdade de História, se formou e quando começou a buscar um lugar no mercado de trabalho, sentiu seu coração fraquejar. Não era aquela a sua vocação. Não teve como fugir e decidiu fazer um curso de teatro. Na noite do dia 20 de outubro, Mariana Betti, filha de Paulo Betti e Eliane Giardini, atuou em sua peça de formatura, na turma de alunos da Cal, renomado curso de teatro no Rio de Janeiro. “Meus pais sempre ficaram tranqüilos e me deixaram escolher o caminho. Essa profissão é muito difícil. Pretendo formar um grupo de teatro”, conta Mariana à reportagem de OFuxico. Eliane, que comemorou seu aniversário naquele dia, era a imagem da felicidade. A atriz completou 54 anos. “Que presentão! Essa é uma bela comemoração! Gosto de ver uma turma se formando, nos dá vigor, energia. Eles que tenham força! Não é fácil”, diz Eliane. A filha mais velha da atriz, Juliana, e a mãe de Eliane, Wandir, também assistiram ao espetáculo Don Juan Profissão Ator, de Moliére, no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio. “Era inevitável que Mariana seguisse esse rumo. Fomos criadas nesse universo”, conta Juliana, que apesar de ter se formado em Geografia, investe na música. Por estar viajando, Paulo Betti não esteve na estréia da filha.


Fonte:O Fuxico



Eliane Giardini prestigia filha em espetáculo carioca

Eliane Giardini mostrou que é uma mãe presente e, na noite de sexta-feira (20), prestigiou o espetáculo teatral estrelado pela filha Mariana, fruto de seu relacionamento com o também ator Paulo Betti.
A peça, espécie de formatura para os alunos do curso de teatro CAL, um dos mais respeitados do Brasil, aconteceu no Teatro Glauce Rocha, no centro do Rio de Janeiro.
Eliane levou a avó, Wandir Giardini e a irmã, Juliana Giardini, e mostrou-se emocionada com a performance da filha.


Fonte: Babado

segunda-feira, 8 de junho de 2009


26 de outubro de 2008


Paulo Betti e Eliane Giardini prestigiam estréia de documentário no Rio

Ele foi com as filhas assistir ao documentário "Sete Dias em Burkina"Paulo Betti foi com as filhas, Mariana e Juliana, assistir ao documentário "Sete Dias em Burkina", na Casa da Gávea, Zona Sul do Rio, neste domingo, 26.
Além do ator, Eliane Giardini também foi conferir o filme, dirigo por Márcio Werneck e Carlinhos Antunes.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Contigo 2007
''Traição não destrói uma relação''

Depois de um casamento de 22 anos e um affair com um homem 18 anos mais jovem, a atriz não poderia estar mais resolvida quanto a futuros relacionamentos. E ela conta tudo pra gente...

Esses olhos verdes estão sem dono. Possessivos, burros e mal-humorados, não batam na porta da atriz Eliane Giardini, 54 anos. Ah, ela mora em Ipanema e sua filha mais jovem, Mariana, 26, está prestes a sair de casa. Mas a Pérola de Eterna Magia diz que a lua cheia não a faz subir pelas paredes. Está sozinha, não é de ficar - gosta de afeto na relação - e, atualmente, sexo não é fundamental em sua vida. Príncipe encantado? Só nas lembranças da adolescência. Essa cabeça Eliana adquiriu depois de experiências como uma longa e estável relação de 22 anos com o ator Paulo Betti, 54 - que conheceu aos 17 anos, foi o seu primeiro namorado e com quem tem duas filhas, Juliana, 30, e Mariana. Depois de se separar, em 1996, ela ainda teve um romance de um ano com o ator Ernani Jr., 35, 18 anos mais jovem que Eliane. "Me lembro com carinho desta época. Foi um desbunde total, uma loucura. Mas passou", assegura, com bom humor. Essa bagagem lhe garantiu uma visão "quase" aberta sobre a traição, por exemplo. Pular a cerca? Tudo bem, desde que o sujeito seja discreto. Em sua vida, somente um arrependimento: ter feito dois abortos.
Confira, a seguir, um papo franco com Eliane.

Algumas mulheres de 50 anos dizem que não se trocariam por duas de 25... Pensa assim também?
Eu me trocaria por duas de 25, mas com a minha cabeça de hoje (risos). Eu sofria muito na época em que tinha 25. A vida ficou mais leve com o tempo. A adolescência é quase uma tragédia, que vira drama e depois comédia (risos). É um inferno ter de decidir tudo: o homem da sua vida, a profissão, quem você é, o que quer e tudo ao mesmo tempo. Agora não preciso provar nada para ninguém. Nem para mim mesma.


Está solteira e não sente falta de alguém?
Juliana saiu de casa no início do ano e Mariana também deve, em breve, ir morar a duas quadras daqui (Ipanema, Rio de Janeiro). Talvez, quando ficar realmente sozinha, eu sinta necessidade de ter alguém. Mas continua acreditando no casamento... Acredito no homem e na mulher juntos. Sempre. Mas hoje não moraria na mesma casa. Cada um tem sua história, sua individualidade. De repente, amanhã me apaixono por um homem e desfaço tudo o que estou dizendo agora (risos).

O que destrói uma relação?
A falta de respeito. Quando isso acontece, a relação está condenada. E a intimidade acaba levando um pouco a isso, né? Tem de ser muito hábil para morar junto.

E traição? Não destrói uma relação. E traição é um termo muito mal colocado. Seria ridículo você imaginar que vai ficar 20 anos casada com uma pessoa e que nunca vai se apaixonar por mais ninguém, nem sentir atração. É um absurdo. A gente jura amor eterno, exige isso do outro e não pode se permitir sentir isso também! Não sou a favor de um casamento aberto. Não toleraria saber e nem ver meu parceiro com olhar de desejo por outra. Mas o que ele faz da vida dele não me diz respeito, sinceramente. Que o cara seja elegante, não me deixe perceber e não faça disso um ponto de competição, como muitos casais fazem. Só isso.

Você lida tranqüilamente com um relacionamento dito "casual"?
Eu não sou de ficar. Todas as histórias que vivi e vivo têm muito afeto. Não sou de sair por aí: "Ai, lua cheia... estou subindo pelas paredes". Não tem isso comigo. Já ouvi muitas mulheres dizendo que ficam loucas, desesperadas para dar uma saidinha. Eu não sou assim.

O sexo, então, não é fundamental na sua vida?
Atualmente, não. Só quando ele vem acompanhando de uma boa dose de amor, de paixão ou de, no mínimo, uma grande afinidade. Ainda sonha com o amor ideal? Não sonho. Mas tem certo tipo de homem que não tem a menor chance comigo. Homem burro, por exemplo (risos). Para mim o cara nem precisa ser bonito...

...Já disse que um dos grandes arrependimentos da sua vida foi ter feito dois abortos. Não penso nisso com muita freqüência, mas acho que poderia ter tido mais filhos. Se a gente pudesse reviver alguns momentos, esse com certeza eu corrigiria. Mas não me sinto culpada porque naquele momento era o que eu achava que deveria ser feito.

Os homens mais novos têm uma atração especial por você? Tenho mais facilidade em namorar pessoas mais jovens do que mais velhas. Talvez pelo fato de os homens da minha idade se ligarem em mulheres mais novas.

Você prefere os mais jovens?
Prefiro pessoas da minha idade ou mais. Gosto de me sentir uma menininha com um cara mais velho. É gostoso ser a menina da parada (risos).

quarta-feira, 3 de junho de 2009



Profissões comuns marcam passado de atores famosos
Engraxate e bancário foram atividades de gente famosa
...Já Eliane Giardini se lembra mais das suas primeiras semanas como telefonista. Ela atendia às solicitações de telegrama fonado nacional ou internacional em uma agência dos Correios. Eliane não sabia muito bem inglês e por diversas vezes, não entendia o que as pessoas falavam ao telefone. Ela, então, tinha de pedir para os clientes soletrarem as palavras. Mesmo assim, isso ainda não era suficiente. "Depois do expediente, eu passava meia hora trancada no banheiro com um dicionário, corrigindo os telegramas", confessa...
O ex-marido de Eliane, Paulo Betti, também começou sua vida profissional em outra atividade. Ele trabalhou durante três anos como bancário. Paulo confessa que não gostava muito do que fazia, pois considerava muito burocrático. "A gente passava o ano inteiro tentando fechar o caixa para, no final, jogar tudo pela janela", brinca, referindo-se à tradicional chuva de papel picado que ocorre nos centros financeiros no último dia útil do ano. Outro que trabalhou em banco foi Malvino Salvador, o "estourado" Tobias, de "Cabocla", que passou um ano sendo caixa...

Entrevista de 2003

Eliane Giardini

Nome completo: Eliana Teresinha Giardini

Aniversário: 20 de outubro

Signo: Libra

Onde nasceu: Sorocaba, interior de São Paulo

Como cuida do corpo: Faço ginástica e como em horários regulares. Evito carboidratos à noite e bebo água o dia inteiro.

O que faz para relaxar: Na verdade, não tenho muitos motivos para me estressar. Tenho uma situação de vida confortável e evito aborrecer-me. Quando estou cansada, tomo um banho e me deito. É uma sensação muito boa.

O que não falta na geladeira: Água de coco, iogurte e frutas.


Livro: 'Grande sertão: veredas', de João Guimarães Rosa.


Religião: Não tenho uma. Tenho muitas. Sou super interessada no assunto e vivo estudando. Da minha formação católica restou pouco e hoje em dia só aproveito o que cada uma tem que nos ensina a ter uma qualidade de vida melhor.


Parte do seu corpo que você mais gosta: Os olhos


Parte do corpo masculino de que mais gosta: O cérebro (risos). Já namorei homens horríveis que eu achava deslumbrantes. Um lindo pode desmoronar se não tiver inteligência.


Lugar para uma viagem romântica: Quando se está apaixonada, qualquer lugar. Veneza pode ser um fracasso se você estiver mal acompanhada.

Um drink para tomar a dois: Não sou uma mulher de drinks (risos). Para beber com alguém prefiro um vinho.
Já recebeu cantada de mulher? Já, algumas poucas. Mas sempre algo discreto. Nada ostensivo.


O melhor em ser solteira: Estou num momento bem prazeroso e curtindo estar solteira. Para eu namorar agora, tem que ser alguém que acrescente. Não estou a fim de fazer concessões. Estou adorando esta liberdade extrema de fazer o que quiser.


O pior em ser solteira: Às vezes a cama fica grande demais, né (risos)? Às vezes dá vontade de sentar num banco de pracinha ao lado de alguém legal.


Um ídolo: Não tenho um ídolo mas há pessoas que fazem a minha cabeça, como o dramaturgo Peter Brook, por exemplo. E admiro o Leonardo Boff e o Luís Fernando Verissimo.


Trabalho inesquecível: 'Renascer' foi um marco. Foi meu primeiro trabalho com o Luiz Fernando Carvalho, que eu adoro e foi com ele que fiquei mais conhecida, o que foi bom para meu trabalho.

Perfil de sua personagem atual


Caetana - A Casa das Sete Mulheres Esposa de Bento Gonçalves, com quem mantém um casamento felicíssimo, modelo e referência para os parentes, amigos e até inimigos. Belíssima mulher, digna e corajosa, nasceu e cresceu no Uruguai, onde Bento a conheceu no período que lá servia como capitão de guerrilhas, durante a Guerra Cisplatina. Sua beleza exerce extremo fascínio sobre o maior rival do seu marido, Bento Manuel Ribeiro, que jamais desistirá de conquistar seu amor. Apesar de muitas vezes a guerra deixá-la em situação fragilizada, Caetana nunca deixará de manter-se fiel ao seu grande amor.

Outros trabalhos A Casa das Sete Mulheres - Caetana

O Clone - Nazira Os Maias - Condessa de Gouvarinho

Andando nas nuvens - Janete

Hilda Furacão - Berta

Torre de Babel - Wandona

A indomada - Santa Maria de Sousa Pedreira (Santinha)

Explode Coração - Lola Engraçadinha... seus amores, seus pecados - Maria Aparecida

Irmãos Coragem - Estela

Incidente em Antares - Eleutéria

Renascer - Yolanda (Dona Patroa)

Felicidade - Isaura

Desejo - Lucinda Helena

Uma esperança no ar - Débora

Meus filhos, minha vida vida roubada - Hilda Campeão

Ninho da serpente - Lídia

terça-feira, 2 de junho de 2009


Ano-2002

ELIANE GIARDINI, atriz, 49 anos

Otávio Dias/ÉPOCA

Plástica na barriga, lipoaspiração na barriga e na cintura, tratamento nos dentes – R$ 33 mil
Manutenção (por ano): ginástica com personal trainer e cremes – R$ 10 mil
São minoria aqueles que nascem com os dotes naturais da beleza física. A maioria aprende a valorizar as potencialidades e, com o tempo, vai retocando os pontos fracos. Em condições normais, as pessoas têm mais tempo e dinheiro a partir dos 35 anos, com os filhos criados e a situação financeira estabilizada. Aos 39, a atriz Eliane Giardini resolveu que era hora de cuidar da imagem. Havia feito uma plástica após o nascimento das duas filhas, mas não tinha sido suficiente. Então casada com o ator Paulo Betti, partiu para um tratamento com medicina ortomolecular, entrou numa dieta rigorosa e adotou a malhação. Depois de perder 11 quilos, fez lipoaspiração para tirar as gordurinhas localizadas na cintura e na barriga. Mais bonita, foi ganhando papéis de maior importância na TV. Separou-se e, pouco depois, gastou o equivalente a um carro em um tratamento ortodôntico radical. “Foi uma verdadeira arquitetura no meu sorriso”, reconhece. Atualmente, Eliane não se considera bonita, mas se sente inteira às vésperas de completar 50 anos. “Hoje em dia, não há mulher feia. Tudo é uma questão de recursos e bom senso.”



Entrevista de 2005
Na idade da razão
Eliane Giardini, a Neuta de “América”, conta como se diverte no núcleo country da novela

Enquanto dá entrevista no confortável apartamento onde mora, com vista da Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio, Eliane Giardini presta atenção a tudo. Ao mesmo tempo em que toma o café da manhã, ela fala sobre a trajetória da sua viúva Neuta em “América”. Ao ver as filhas Mariana e Juliana saindo sem comer nada, encarna o típico papel de mãe e mostra-se preocupada. De perto, Eliane é o retrato da mulher brasileira que se modernizou com o passar dos anos. Cuida de casa, de si, dos filhos, trabalha fora e é bem-sucedida no que faz. Talvez por isso tenha tanto carisma junto ao público. A atriz atravessou a fronteira do tempo e fez da maturidade uma aliada de suas conquistas. “Existe o tempo cronológico, mas também o tempo de cada um, de cada coisa. Estou na idade em que tudo é permitido”, avalia Eliane, aos 51 anos.
Ao desfilar sua cobiçadíssima Neuta na tevê, Eliane acabou atraindo os olhares dos editores da Playboy, que a convidaram para posar nua. A atriz declinou da proposta, mas não deixou de sentir-se envaidecida. “O elogio já está feito. Não preciso fazer um ensaio para isso”, justifica Eliane, que ainda encontrou um motivo mais nobre para festejar o convite. “Todas as mulheres que estão na minha idade estão meio incluídas. É a prova de que essa faixa não exclui possibilidades”, teoriza.
Eliane pode estar certa. Afinal, ela própria só começou a despertar a atenção de produtores de elenco, autores, diretores e do público em 1993, quando conseguiu reverter um papel pequeno numa grande atuação na novela “Renascer”, na qual era a Dona Patroa. Na época, dizia para si mesma que, se não conseguisse legitimar seu talento na tevê, sairia de cena. Aos 40 anos, era conhecida apenas como a mulher do ator Paulo Betti - de quem se separou em 1997. “Eu achava que aos 40 já tinha que estar estabelecida. Mas foi um medo infundado”, admite.
Depois disso, a atriz não parou mais de aparecer na telinha. Só com Glória Perez, já são cinco novelas. Fato que a incentivou a topar o papel da viúva mais poderosa de Boiadeiros, fictícia cidade retratada na trama das oito da Globo. “Novela toma dez meses do nosso ano. Com todas as coisas que podem acontecer, a gente quer ter um pouco de segurança”, argumenta. A atriz conheceu Neuta logo depois de “O Clone”, na qual viveu a divertida Nazira. Numa viagem com Glória e Jayme Monjardim a Miami, Eliane teve um breve panorama do papel. “As mulheres da minha família são bem Neutas. Muito donas do pedaço, controladoras, fortes. Muito mais do que os homens”, descreve a atriz, que nasceu em Sorocaba, no seio de uma tradicional “famiglia” italiana.
Se Eliane já conhecia bem o universo da personagem, pouco sabia sobre os rodeios. “Nunca tinha visto um na vida. Mas o interior já estava no meu banco de dados. É bom porque não preciso controlar sotaque, trejeitos”, observa. É com o mesmo jeito franco e firme de Neuta falar, que ela discorre sobre o momento da personagem. E espera para os próximos capítulos cenas importantes com Bruno Gagliasso, que interpreta Júnior, o filho homossexual da fazendeira. “Acho que essa história pode trazer leveza para ela. Não sei como vai reagir ao descobrir que ele é gay, mas de repente isso faça a cabeça dela e passe a ser a glória”, especula a atriz, às gargalhadas.
É justamente por trazer reflexões à tona que Eliane goste tanto da personagem. “Às vezes, uma pessoa tem um problema e se tranca. Ao ver aquilo na novela, percebe que não está sozinho no barco, é quase uma libertação. Para mim a televisão em esse papel”, acredita a atriz, que troca experiências com Bruno so]bre a relação de mãe e filho que vivem na ficção. “Fiquei muito tocada com o talento dele. É interessado, atento e receptivo”, elogia o colega de cena, que também foi seu filho em “A Casa das Sete Mulheres”. A troca não acontece apenas com Bruno. Como participa de um núcleo jovem, Eliane se diverte bastante nas gravações das cenas ao lado de suas sobrinhas “marias breteiras”. “Pode perguntar qual é o estúdio mais animado da novela. Gravar com essa turma é uma delícia”, garante a atriz. E que ninguém duvide.