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Seja bem- vindo ao Blog dedicado à atriz Eliane Giardini!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009





FestNatal 2009



Está acontecendo a votação do FestNatal, onde os favoritos do público serão escolhidos. Eliane Giardini está entre uma das personalidades mais marcantes da televisão de 2009.


Vote na categoria melhor atriz e escolha a opção Eliane Giardini!!!



Participe!


sexta-feira, 23 de outubro de 2009




08 de Outubro de 2009


Lançamento do curta-metragem Filtro de papel, do qual a atriz é diretora.

domingo, 20 de setembro de 2009

Eliane Giardini
Eliane Giardini tem um vício. Não é bebida, jogo ou cigarro. É o vício da leitura principalmente de jornais. A atriz não consegue passar longe dos jornais um dia sequer. E sofre para, quando viaja em turnê, encontar seu jornal perferido.
O ritual de leitura da atriz começa lgo após o café da manhã. Antigamente, ela costumava ler até três jornais pela manhã, mas chegou à conclusão de que era demais. E diminui para dois. Ao abrir o jornal, Eliane vai direto para o caderno de cultura, para saber o que acontece no meio teatral, cinematográfico, etc.
Depois vai lendo-o de trás para frente até chegar às notícias políticas. Os jornais do final de semana, que trazem os cadernos de literatura, são seus preferidos.
No apartamento que divide com as filhas no Rio de Janeiro, Eliane às vezes precisa disputar os jornais "a tapas", porque todas puxaram o hábito da mãe. Mas depois que leem, tudo é notícia velha e vai direto para o lixo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

2006
Eliane Giardini quer se distanciar das personagens cômicas
Mariana Trigo


Eliane Giardini acha que chegou a hora de se despedir das personagens engraçadas na TV. Pelo menos por um tempo. Na pele da divertida carola Eva de Cobras & Lagartos, na Globo, a atriz nascida em Sorocaba, interior paulista, que completa 53 anos no próximo dia 20 de outubro, garante que vai fechar o ciclo dos papéis burlescos na telinha.
Esta fase de mulheres divertidas começou com a Lola de Explode Coração, há 11 anos. De lá para cá, apenas as minisséries permitiram que a atriz vivesse personagens mais sérias, como a artista plástica Tarsila do Amaral em Um Só Coração ou a destemida Caetana, que está no ar em A Casa das Sete Mulheres. Todas, sem exceção, com uma aura de sensualidade implícita em cada cena. "Apesar de viver em ciclos, me identifico sempre com mulheres que dão viradas, que são fortes e destemidas", explica.



A Eva, de tão cômica, beira o humor pastelão. Uma beata fervorosa e reprimida que quando tem uma oportunidade, se transforma. Como quando virou a cigana Esmeralda. Além disso, vai ser revelado que o marido Serafim, do Otávio Augusto, não é pai de nenhum filho dela. Como tem sido viver uma carola às avessas?

Eu imaginava que havia uma razão para essa mulher ser mais do que beata, louca, fanática religiosa. Mas a gente nunca sabe o que o autor reserva. A Esmeralda deu um contraponto para a personagem. Ter uma possibilidade de mostrar um mundo reprimido é engraçado. Nunca sei para onde ela vai. Ela me parece um pouco a Terezinha daquela música "O primeiro me chegou, como quem vem do florista...". Sabe assim? É muita brincadeira, um texto no qual não cabem abordagens psicológicas, grandes construções de personagens.

Durante muito tempo você fez mulheres dramáticas na tevê. Mas desde Explode Coração suas personagens em novelas estão cada vez mais cômicas. Por quê?
Engraçada essa nova fase... Outro dia estava conversando sobre isso com a minha filha mais nova, Mariana, que está fazendo teatro. Ela me perguntou sobre as dificuldades das cenas de choro. Esse é o maior drama de quem está começando a carreira. Mas chorar está longe de ser o problema. É infinitamente mais fácil fazer uma cena dramática do que uma cômica. Há alguns anos, se me perguntassem se eu fazia comédia, diria que não. Nem eu sabia que poderia fazer. Mas não sou aquela atriz que pega qualquer texto e o transforma em graça. Isso é tipicamente dos atores cariocas, que têm essa facilidade, como o Pedro Cardoso ou o Luiz Fernando Guimarães. Eles dão uma entonação engraçada para qualquer texto. Não sou esse tipo de atriz. Preciso de uma situação cômica para fazer uma comédia em cima.

No início de Cobras & Lagartos eram visíveis na Eva algumas características da viúva Neuta, de América. Você identifica semelhanças entre as personagens?
Os personagens são uma roda gigante, um sobe e desce. A transição foi muito rápida entre as duas. Quase que emendei os dois trabalhos, até porque o ano que vem eu pretendo fazer apenas teatro. Na TV, mais do que um personagem, com alguns anos de trabalho, o ator constrói identidades. Com isso, as pessoas vão ver em que tipo de personagem você se encaixa melhor, qual o seu elemento. A TV não tem tempo de elaboração para um personagem como no teatro, que você pensa no jeito de andar, de sentar, de olhar. A escalação é de acordo com o tipo que sabem que você faz bem. O ator é que tem de se cuidar para, de tempos em tempos, propor um acréscimo, uma outra face, um outro lado, para que não submergir nesse estereótipo, para não virar um ator de um personagem só.

Você teme por emendar personagens parecidas?
É uma reflexão de cada ator. Nossa vida é feita de escolhas. Eu sei que está na hora de dar uma parada nesse tipo que venho fazendo. Preciso propor um novo tipo de personalidade, assim como fiquei muito tempo com papéis dramáticos, agora estou com os cômicos. Sou de fases. Tem personagens que gosto muito, como a Neuta, que ia do drama à comédia. Tinha um espectro maior de possibilidades. A Eva é só comédia. Nazira também era comédia pura. Preciso parar porque senão vou começar a emendar vários personagens parecidos. Tenho de esperar a vida me mudar um pouco para saber que linha seguir.

Independentemente da dramaticidade ou comicidade das suas personagens, todas sempre exploraram a sensualidade. Por quê?
Acho bom que seja assim. Isso enriquece as personagens. Na minha faixa etária, cada vez mais atrizes são sensuais. É o retrato de uma época. A minha geração é de transição, traz este prazo dilatado de sensualidade. Quem nasceu nos anos 50, como eu, pegou uma grande revolução cultural em 1968, que tirou tudo do lugar e reorganizou os conceitos de outra forma. Hoje vejo os velhinhos na terceira idade viajando, indo ao teatro, saindo. Na época dos meus pais, o idoso cuidava dos netos, administrava um final de vida. A minha geração tem um ganho extra de juventude, de sensualidade ainda, de uma qualidade de vida, de um corpinho mais bacana. Você pega uma Betty Faria com um corpo de bailarina com 60 anos. Sou uma das pessoas que empurram a idade.

Isso ficou mais latente depois de viver a Neuta, uma viúva que se apaixonava por um jovem peão?
Sinto que tenho tido uma grande identificação com mulheres que dão viradas, que não são conformadas, mas ativas, que dão esperanças.

Foi difícil se livrar da grande repercussão dessa personagem?
Acho que a Neuta está por aí. Não me livrei dela. Gosto de imaginar que meus personagens estão por aí e ela é muito feliz. Até hoje, quando vou gravar no Projac, passo pela cidade cenográfica onde ficava a fazenda da Neuta e todas as vezes penso que ela deve estar ali com o bofe dela, feliz da vida! (risos). É muito feliz o que aconteceu com aquela personagem. Não faço questão que isso termine. Essas coisas somam. Gosto de imaginar que todas as minhas personagens continuam por aí.
Esse zelo com suas personagens tem alguma ligação com o fato de você ter feito sucesso tarde na TV, só a partir de Renascer?
Acho que sim (risos). Me incomodava muito não ter visibilidade. Talvez, seu eu não tivesse casada com o Paulo Betti, que começou a carreira comigo em teatro amador em Sorocaba, essa ausência de sucesso na época em que ele despontou não tivesse me incomodado tanto. De repente, o Paulo começou a carreira na Globo e eu fiquei fazendo teatro em São Paulo. Isso deu um descompasso muito doloroso. Se eu não tivesse esse contraponto ao meu lado, seria melhor. Hoje eu acho que foi bárbaro ter acontecido tudo isso porque foram esses 10 anos de desarmonia que fizeram com que eu me aprofundasse na minha história. Pude entender quem eu era, como eu lidava com aquilo tudo. Foi um momento de autoconhecimento muito grande. Isso me deu um amadurecimento que, se eu tivesse feito sucesso desde o início, talvez só agora eu tivesse. Mas hoje percebo que o patamar profissional que estou hoje seria o mesmo se tivesse começado a fazer sucesso aos 20 anos. Estaria fazendo os mesmos personagens. Com isso, percebi que o tempo não existe.





Mania mutante
Eliane Giardini é inquieta por natureza. Basta a atriz morar por algum tempo em uma casa que logo decide se mudar ou fazer reformas. Na verdade, a arquitetura é uma antiga e contida paixão da atriz, que devora dezenas de revistas de decoração a cada mês. "Sou alucinada pelo assunto. Leio tudo. Gosto desse universo. Isso faz bem para a minha cabeça", assegura.
A atriz, que mora num confortável apartamento no Arpoador, na Zona Sul do Rio, há quase três anos, já está pensando em uma nova mudança: planeja ir para uma cobertura onde possa tomar sol sossegada, livre das lentes dos paparazzi, que batem ponto no calçadão da Praia de Ipanema, a poucos metros de sua casa. Mas antes de novamente fazer as malas, Eliane constata que essa ânsia por novos ares poderia ser saciada se ela fizesse algum curso de decoração para trabalhar com reformas entre uma personagem e outra. "Queria tentar entender o que é isso. Seria bom se virasse um meio de vida porque gosto de pegar um lugar em ruínas e mudar tudo", explica a atriz.

Saudades da Bahia
Apesar de Eliane Giardini ter estreado na tevê há 24 anos com a Lídia da novela Ninho da Serpente, em 1982, na Band, foi com a Dona Patroa em Renascer, em 1993, na Globo, que a atriz alcançou reconhecimento como atriz. "Foi ela que colocou minha cara no mundo", garante a atriz.
Por isso, Eliane a considera sua personagem preferida na telinha. Além de atuar numa trama com um elenco reduzido e num núcleo de atores como Patrícia Pillar e Osmar Prado, por exemplo, Eliane passava dias gravando em Ilhéus, no Sul da Bahia. Quando terminavam as gravações, no início da noite, o elenco ia para a praia comer peixe frito e ver a lua nascer no mar. "Ficava até de madrugada dentro da água naquele calor. Eu agradecia a Deus 24 horas por dia por aqueles momentos. Que saudade!", recorda.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

1998
Que amor de garotos
Casais formados por mulheres maduras e homens bem mais jovens do que elas vivem estranheza social e alegrias domésticas
No caso de Eliane Giardini e Ernane Júnior, a vida a dois surpreende quem se acostumou a modelos convencionais. Em matéria de sexo, por exemplo, ele se sente em vantagem apesar de ter vivido tão menos tempo. É que Eliane foi casada durante 20 anos. "Ela teve muito menos parceiros do que eu", compara, sem tom de autoelogio. Eliane, por sua vez, também tem muito a "ensinar" ao jovem companheiro. Ernane estudava geologia quando se decidiu pelo meio artístico, e era ainda um bebê quando Eliane já havia começado na profissão. "É como se eu desse um curso intensivo para ele, porque já tenho 20 anos de carreira profissional", diz.
O truque prático da felicidade de Eliane e Ernane é não esquentar a cabeça com o futuro. "Nossos planos são no máximo para daqui a dois anos", desconversa Ernane. Em nenhum momento ele se sente assumindo o papel de filho da namorada, mas reconhece que todo homem espelha a mãe em sua mulher, independentemente da idade que ela possa ter. Ele admite que gosta das atitudes maternais de Eliane, como a de enxugar a pia do banheiro, que ele deixa toda molhada. Ou ainda a de sempre fechar a cortina do quarto para evitar que a luz do sol os desperte de manhã. "Quando viajamos é sempre ela quem faz a mala."

sexta-feira, 24 de julho de 2009




"Não acredito em bruxas", diz Eliane Giardini
Depois de uma longa temporada de papéis fortes, porém cômicos, Eliane Giardini sentiu vontade de mudar de ares. E conseguiu. Agora, como a misteriosa Pérola de Eterna Magia, a atriz experimenta usar seus conhecimentos de pesquisas sobre Física Quântica, Filosofia e Psicologia para se adaptar ao clima místico da trama. "Não acredito em bruxas, mas sempre fui muito curiosa sobre o que existe por trás das coisas visíveis", conta.

Emplacando um personagem de destaque atrás do outro desde que ganhou visibilidade como a Dona Patroa, de Renascer, em 1992, Eliane pretende se aventurar em outra área assim que tiver coragem: a de produção em tevê. Contratada da Globo até 2010, a atriz já planeja produzir e dirigir algo voltado para a tevê a cabo, aproveitando o mercado em expansão. "A televisão está seguindo esses rumos. No teatro, produzi 99% das peças que fiz, acho que posso gostar de fazer isso na tevê também. Se bobear, fico só nessa onda depois", prevê. Leia a seguir a entrevista com a atriz.

Você começou na Globo interpretando papéis dramáticos, depois enveredou pela comédia e recentemente disse que já estava na hora de mudar de ares. Conseguiu isso com a Pérola de Eterna Magia?
Acho que a gente opera em um movimento de pêndulo. Quando isso se completa, quer o oposto do que está se acostumando a fazer. Passei por uma fase longa de papéis muito temperamentais e engraçados. Foi das mais divertidas da minha vida, com trabalhos como a Nazira, de O Clone, e a Neuta, de América, além de outras mulheres fortes. Mas chega uma hora que a gente precisa procurar um outro lado. O grande problema dos artistas é que a televisão não é um veículo que possa correr muitos riscos. As pessoas sabem mais ou menos qual é o seu perfil e enquadra você nisso. Minha intenção é expandir cada vez mais essas possibilidades porque é vantajoso para a carreira. Por tudo isso acho que a Pérola entra bem nessa meta, já que é uma mulher delicada, culta, amedrontada e com esse atrativo da magia. Ela está sempre cercada de pessoas temperamentais, mas tenta amenizar a situação. É um personagem que escapa do estilo dos meus últimos, vai para uma floresta desconhecida.

Para você, qual seria o seu perfil como atriz?
Eu mesma ainda não consegui definir. O que eu sei é que exercitei bastante essa coisa meio italiana do cinema dos anos 50, meio Anna Magnani, aquelas coisas mais dramáticas que, de tão tristes, se tornam comédias na outra ponta do trabalho. Acho que isso me define. Quando as pessoas que me conhecem vêem personagens espalhafatosos, intensos nesse aspecto do drama, pensam em mim. Mas já fiz trabalhos diferentes também, principalmente nas minisséries. Uma das coisas que contaram para que eu recebesse o convite para Eterna Magia foi meu trabalho em Um Só Coração.

Por quê?
O Carlos Manga pensou em mim porque fez comigo a minissérie. Eu interpretava a Tarsila, que era muito próxima da Pérola. Tinha essas características de mulher culta e refinada. A Pérola, na cabeça dele, seria meio que uma espécie de prima da Tarsila. Eu não planejava voltar às novelas tão cedo. Emendei América com Cobras & Lagartos e estava mesmo disposta a investir no teatro. Mas tenho um carinho enorme pelo Manga e foi ele mesmo quem ligou. Disse que seriam poucos atores, ficou falando sobre a magia, as gravações na Irlanda, que seria com a Malu Mader e a Irene Ravache, enfim... Acabei entusiasmada com o conjunto.

Você já se interessava por esses temas místicos antes de se preparar para a novela?
Filosofia e Psicologia me atraem bastante, então posso dizer que sempre fui muito curiosa sobre o que existe por trás das coisas visíveis. Não acredito em bruxas, mas entendo que a gente não sabe tudo sobre o universo. É difícil explicar certas coisas na vida. Vejo pela minha trajetória mesmo. Fiquei dez anos tentando me sobressair na tevê sem conseguir e de repente atingi um patamar legal na carreira, mesmo começando tarde. Em que momento eu mudei? Não sei o que aconteceu. De repente foquei no problema muito tempo, mas não sei. Existem coisas por trás das coisas. Isso me instiga.

Você tem mágoas dessa época em que corria atrás e não conseguia ter visibilidade na tevê?
Teve uma época da minha vida em que isso foi muito forte, mas passou. Até os 40 anos não conseguia fazer um bom trabalho em tevê. Tinha a síndrome da mulher invisível, fazia coisas que não tinham nenhum destaque. Minha primeira personagem na Globo não foi em Renascer, mas em Desejo. Depois fiz ainda Felicidade. Adoro Física Quântica e outro dia estava lendo que todas as coisas que a gente já pensou em toda a vida, em algum lugar, algum plano do universo, têm matéria. Aí fiquei pensando na loucura que é isso e me imaginei acordando um dia e vendo que ainda estou tentando até hoje, sem ter conseguido emplacar um sucesso na tevê. É engraçado porque essa era uma grande meta e até hoje levo esses sustos, tenho medo de ter me enganado.

E hoje, quais são suas metas?
Minha cabeça viaja muito na vontade de começar a contar as histórias, produzir um pouco. Tenho um desejo imenso, mas falta coragem. Não saberia nem por onde começar. Acho que esse é o rumo que a tevê segue atualmente, com várias produções independentes. Tenho planos de abrir uma produtora e experimentar. Não agora, talvez daqui a uns cinco anos. Pode ser até que eu faça, goste e não saia mais desse meio. Depois que você começa a conduzir seus próprios trabalhos, tudo muda. Você fica dono da situação e isso é muito gostoso. No teatro já tenho isso, posso dizer que 99% das peças que participei foram produzidas por mim. Fora isso, tem alguns papéis que gostaria de fazer, mas ainda não rolaram.

Que tipos de papéis?
Uma grande vilã, por exemplo. Fiz Vida Roubada, no SBT, e interpretava uma garota que era muito má. Ela estudava em um colégio interno durante anos e, de repente, colocava a amiga de escanteio e voltava para a casa dessa menina, se fazendo passar por ela, porque a família era rica. Era cruel mesmo, ela matava gente queimada, era uma loucura. A gente brincava muito. As coisas quando ficam exageradas acabam perdendo o ponto, se tornando engraçadas demais. Mas nunca mais fiz uma grande vilã na tevê. Em compensação, tenho vários papéis de peso na carreira, como a Dona Patroa, de Renascer. Foi ali que a fase boa começou.

Na época, já estava previsto na sinopse aquele destaque da personagem?
Houve uma empatia muito grande do público. Não lembro direito da sinopse, mas toda a reviravolta na vida dela foi muito precipitada por isso e pela boa relação que consegui ter com o autor e com o diretor. Foi um trabalho muito feliz, uma novela abençoada. E o Benedito gostou de mim assim que viu as primeiras cenas. E a gente sabe que quando o autor gosta do que o ator está fazendo, tudo muda. Agradeço muito ao Luiz Fernando Carvalho pela escalação. Fiz Helena, na Manchete, com ele e a Denise Saraceni. Ela me convidou depois para Desejo e Felicidade, e ele, para Renascer. Acabou que o par romântico com o turco Rachid, do saudoso Luís Carlos Arutin, fez um baita sucesso e a novela ficou muito bem no Ibope.

A audiência de Eterna Magia não vem mantendo a média esperada para o horário. Isso preocupa você?
É lógico que a gente espera sucesso em todos os trabalhos, mas não vejo só dessa forma. Acho que esse conceito de audiência tem que ser modificado, porque hoje em dia existem várias opções e as emissoras pagas estão crescendo. Nunca mais vamos ver os resultados que Roque Santeiro e Vale Tudo tiveram, por exemplo. Além disso, as novelas costumam se encerrar com uma média maior que a dos primeiros capítulos. Eterna Magia está só começando, muita coisa ainda vai acontecer e essa situação deve melhorar.

Mulher moderna
Eliane Giardini sabe que, aos 54 anos, é uma das atrizes mais sensuais de sua geração, mas não encara isso como uma vantagem. Para ela, a explicação de toda essa vitalidade está no histórico das mulheres desde sua juventude até hoje. "Minha geração aos 18 anos fez uma revolução, uma quebra de valores. Acho natural que cheguem à maturidade trazendo benefícios também", opina, referindo-se ao prolongamento da vida afetiva feminina nos dias de hoje.
Mesmo depois de viver Eva em Cobras & Lagartos e agora, com a Pérola de Eterna Magia, Eliane conta que ainda colhe os frutos da novela América, quando interpretou a viúva Neuta. Na época, a atriz recebeu mensagens e foi abordada nas ruas por mulheres que torciam pela relação amorosa entre sua personagem e o peão mais novo Dinho, vivido por Murilo Rosa. "As mulheres se identificam comigo porque enxergam a vontade de se cuidar e de viver não só em meus trabalhos, mas em mim também", conclui.

Fora de casa
Segundo Eliane, uma das coisas que mais favoreceram a preparação de sua personagem foi a viagem a Dublin, na Irlanda. Para a atriz, o clima e ambiente propício se aliaram ao fato de toda a equipe estar longe de casa, focando apenas no trabalho. Tanto que, quando se aventurar em seu projeto de produzir algo para a tevê, pretende usar a mesma estratégia, se conseguir capital. "Essa é a melhor forma de se formar uma equipe. Não dá para fazer o trabalho e voltar correndo para casa, a entrega é muito maior", analisa Eliane, que ficou dez dias gravando na cidade as cenas dos primeiros capítulos de Eterna Magia.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

2007
Renata Sorrah recebe Eliane Giardini no teatro
Eliane Giardini, Tereza Seiblitz e Malu Mader

Sílvia Buarque e Eliane Giardini


Renata Sorrah recebeu a visita de Malu Mader na platéia da peça que está estrelando no teatro, 'Um Dia, no Verão', neste sábado (18). Malu foi até o teatro Nelson Rodrigues, no Rio, acompanhada de sua mãe, Ângela Mader.
A peça é uma adaptação da obra de Jon Fosse e é estrelada por Renata Sorrah e Silvia Buarque. 'Um Dia, no Verão' fica em cartaz até o dia 16 de setembro.
Eliane Giardini, Tereza Seiblitz e Gabriel Braga Nunes também marcaram presença na apresentação.


2001
Eliane Giardini na caminhada contra o câncer


Eliane Giardini, a Nazira de O Clone, participou na manhã deste domingo da caminhada contra O Câncer de Mama, realizada no Ibirapuera, em São Paulo. Dalton Vigh e Daniela Scobar, também do elenco, passaram por lá e deram sua contribuição ao evento. O irreverente marcos Mion marcou presença vestido de mulher. Encarnou a personagem Shirley Raio-lazer. Engrossaram o time das celebridades Sula Miranda, Fernanda Keller, Mara Carvalho e a prefeita de São Paulo, Martha Suplicy.
2005

Eliane Giardini almoça com amigo em restaurante carioca

Eliane Giardini foi fotografada no Rio em um programa que seria quase impossível meses atrás, durante as gravações da novela América: almoço com um amigo em plena tarde de terça-feira (22).
A atriz chegou pouco antes das 12h30 no restaurante Celeiro, no Leblon, bairro da zona Sul carioca. Acompanhada de um amigo, ela passou cerca de uma hora e meia no local.

quinta-feira, 11 de junho de 2009



Eliane Giardini vibra com o sucesso de Nazira e se prepara para brilhar hoje na Sapucaí Animadíssima, Nazira (Eliane Giardini) se requebra na avenida enquanto Mohamed (Antônio Calloni) tenta tirá-la de cima de um carro alegórico. Puro delírio da solteirona inconformada de “O clone”, claro, e a única maneira de convencer sua intérprete a desfilar no Sambódromo. Esta noite, além de Eliane Giardini, Adriana Lessa, Juliana Paes, Victor Fasano, Letícia Sabatella, Mara Manzan, Roberto Bonfim, Raul Gazzola e Jandira Martini estarão na Marquês de Sapucaí gravando, sob o comando do diretor Jayme Monjardim, cenas para a novela da Rede Globo.— Gosto de assistir, mas sou tímida para desfilar. Só mesmo na pele da Nazira! — diz Eliane, que aproveitará para realizar o sonho da mãe, Wandir, de 70 anos, e a levará para o camarote.Estrear na passarela do samba será apenas mais uma das aventuras que Eliane tem vivido desde que começou a interpretar Nazira. A diversão, conta ela, tem sido garantida.— Às vezes, já estou dando um tom exagerado a Nazira e o Jayme (Monjardim) grita: “Mais!”. Refaço a cena e ele diz: “Mais, sobe na mesa, corre para o outro lado!”. E eu vou atrás! A Nazira é louca, pode tudo.Os “cacos” ajudam a tornar as cenas mais engraçadas. Foi o que aconteceu quando Mohamed e Nazira discutiram porque ela queria fazer ginástica com Miro (Raul Gazzola).— O Calloni é louco como eu, então a gente enlouquece junto. Ele disse: “O profeta permite que as mulheres façam ginástica, mas não com o seu Miro!”. E eu respondi: “Claro, o profeta não conhecia o seu Miro!”. Podemos botar “cacos” porque temos uma base excelente, que é o texto da Glória Perez.Os muçulmanos de “O clone” vão para a avenida por mero acaso. Tavinho (Victor Fasano) lhes dará carona e os convidará para ir para sua frisa. Sem saber o que é isso e com vergonha de admitir a ignorância, o grupo vai parar num camarote do Sambódromo, onde já estará o núcleo do subúrbio.A princípio, Eliane gravaria no camarote cenas que mostrariam Nazira toda espetaculosa, deslumbrada com tantos corpos à mostra. Mas o sucesso da personagem fez com que Glória Perez optasse por botá-la para sambar, fantasiada e tudo. Eliane não acredita que a seqüência possa ofender os muçulmanos:— A Nazira só imagina que desfila; eles vão entender que é tudo mera ficção.Solteiríssima, a atriz tem se dedicado inteiramente ao trabalho. Quando não está decorando o texto ou gravando, fica imaginando o que Nazira faria, que enfeites usaria.— Estou me sentindo como Mia Farrow em “A rosa púrpura do Cairo” — diz, referindo-se ao filme em que a protagonista ia ao cinema e acabava entrando no filme. — Parece que a ficção está mais interessante que a realidade. Ou, então, sou eu que estou vivendo mais tempo na ficção! Antes de começar a gravar, enquanto não tiram as araras de roupa da minha frente, vou experimentando tudo. Fico horas amarrando os lenços.Eliane não sabia que se divertiria tanto. Quando aceitou encarnar Nazira, temeu que o público tivesse raiva dela. Mas arriscou, apostando que a dose de humor da personagem compensaria seu azedume:— Não sei se teria auto-estima para agüentar 70% do Brasil me odiando. Felizmente, as pessoas sorriem ao me ver.Os homens vão além. “Não casa se não quiser”, “Tô na fila” e outras gracinhas a perseguem onde quer que ela vá.— Estou adorando, vou passar um ano ouvindo cantadas! — brinca a atriz.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mariana Betti e Eliane Giardini


Juliana, D. Wandir, Eliane e Mariana



Juliana, Elaine e D. Wandir



Eliane e a mãe




Eliane e Mariana


Matéria de 2006
Eliane Giardini comemora aniversário em estréia teatral da filha
Mariana bem que tentou seguir uma carreira diferente da de seus pais. Cursou a faculdade de História, se formou e quando começou a buscar um lugar no mercado de trabalho, sentiu seu coração fraquejar. Não era aquela a sua vocação. Não teve como fugir e decidiu fazer um curso de teatro. Na noite do dia 20 de outubro, Mariana Betti, filha de Paulo Betti e Eliane Giardini, atuou em sua peça de formatura, na turma de alunos da Cal, renomado curso de teatro no Rio de Janeiro. “Meus pais sempre ficaram tranqüilos e me deixaram escolher o caminho. Essa profissão é muito difícil. Pretendo formar um grupo de teatro”, conta Mariana à reportagem de OFuxico. Eliane, que comemorou seu aniversário naquele dia, era a imagem da felicidade. A atriz completou 54 anos. “Que presentão! Essa é uma bela comemoração! Gosto de ver uma turma se formando, nos dá vigor, energia. Eles que tenham força! Não é fácil”, diz Eliane. A filha mais velha da atriz, Juliana, e a mãe de Eliane, Wandir, também assistiram ao espetáculo Don Juan Profissão Ator, de Moliére, no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio. “Era inevitável que Mariana seguisse esse rumo. Fomos criadas nesse universo”, conta Juliana, que apesar de ter se formado em Geografia, investe na música. Por estar viajando, Paulo Betti não esteve na estréia da filha.


Fonte:O Fuxico



Eliane Giardini prestigia filha em espetáculo carioca

Eliane Giardini mostrou que é uma mãe presente e, na noite de sexta-feira (20), prestigiou o espetáculo teatral estrelado pela filha Mariana, fruto de seu relacionamento com o também ator Paulo Betti.
A peça, espécie de formatura para os alunos do curso de teatro CAL, um dos mais respeitados do Brasil, aconteceu no Teatro Glauce Rocha, no centro do Rio de Janeiro.
Eliane levou a avó, Wandir Giardini e a irmã, Juliana Giardini, e mostrou-se emocionada com a performance da filha.


Fonte: Babado

segunda-feira, 8 de junho de 2009


26 de outubro de 2008


Paulo Betti e Eliane Giardini prestigiam estréia de documentário no Rio

Ele foi com as filhas assistir ao documentário "Sete Dias em Burkina"Paulo Betti foi com as filhas, Mariana e Juliana, assistir ao documentário "Sete Dias em Burkina", na Casa da Gávea, Zona Sul do Rio, neste domingo, 26.
Além do ator, Eliane Giardini também foi conferir o filme, dirigo por Márcio Werneck e Carlinhos Antunes.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Contigo 2007
''Traição não destrói uma relação''

Depois de um casamento de 22 anos e um affair com um homem 18 anos mais jovem, a atriz não poderia estar mais resolvida quanto a futuros relacionamentos. E ela conta tudo pra gente...

Esses olhos verdes estão sem dono. Possessivos, burros e mal-humorados, não batam na porta da atriz Eliane Giardini, 54 anos. Ah, ela mora em Ipanema e sua filha mais jovem, Mariana, 26, está prestes a sair de casa. Mas a Pérola de Eterna Magia diz que a lua cheia não a faz subir pelas paredes. Está sozinha, não é de ficar - gosta de afeto na relação - e, atualmente, sexo não é fundamental em sua vida. Príncipe encantado? Só nas lembranças da adolescência. Essa cabeça Eliana adquiriu depois de experiências como uma longa e estável relação de 22 anos com o ator Paulo Betti, 54 - que conheceu aos 17 anos, foi o seu primeiro namorado e com quem tem duas filhas, Juliana, 30, e Mariana. Depois de se separar, em 1996, ela ainda teve um romance de um ano com o ator Ernani Jr., 35, 18 anos mais jovem que Eliane. "Me lembro com carinho desta época. Foi um desbunde total, uma loucura. Mas passou", assegura, com bom humor. Essa bagagem lhe garantiu uma visão "quase" aberta sobre a traição, por exemplo. Pular a cerca? Tudo bem, desde que o sujeito seja discreto. Em sua vida, somente um arrependimento: ter feito dois abortos.
Confira, a seguir, um papo franco com Eliane.

Algumas mulheres de 50 anos dizem que não se trocariam por duas de 25... Pensa assim também?
Eu me trocaria por duas de 25, mas com a minha cabeça de hoje (risos). Eu sofria muito na época em que tinha 25. A vida ficou mais leve com o tempo. A adolescência é quase uma tragédia, que vira drama e depois comédia (risos). É um inferno ter de decidir tudo: o homem da sua vida, a profissão, quem você é, o que quer e tudo ao mesmo tempo. Agora não preciso provar nada para ninguém. Nem para mim mesma.


Está solteira e não sente falta de alguém?
Juliana saiu de casa no início do ano e Mariana também deve, em breve, ir morar a duas quadras daqui (Ipanema, Rio de Janeiro). Talvez, quando ficar realmente sozinha, eu sinta necessidade de ter alguém. Mas continua acreditando no casamento... Acredito no homem e na mulher juntos. Sempre. Mas hoje não moraria na mesma casa. Cada um tem sua história, sua individualidade. De repente, amanhã me apaixono por um homem e desfaço tudo o que estou dizendo agora (risos).

O que destrói uma relação?
A falta de respeito. Quando isso acontece, a relação está condenada. E a intimidade acaba levando um pouco a isso, né? Tem de ser muito hábil para morar junto.

E traição? Não destrói uma relação. E traição é um termo muito mal colocado. Seria ridículo você imaginar que vai ficar 20 anos casada com uma pessoa e que nunca vai se apaixonar por mais ninguém, nem sentir atração. É um absurdo. A gente jura amor eterno, exige isso do outro e não pode se permitir sentir isso também! Não sou a favor de um casamento aberto. Não toleraria saber e nem ver meu parceiro com olhar de desejo por outra. Mas o que ele faz da vida dele não me diz respeito, sinceramente. Que o cara seja elegante, não me deixe perceber e não faça disso um ponto de competição, como muitos casais fazem. Só isso.

Você lida tranqüilamente com um relacionamento dito "casual"?
Eu não sou de ficar. Todas as histórias que vivi e vivo têm muito afeto. Não sou de sair por aí: "Ai, lua cheia... estou subindo pelas paredes". Não tem isso comigo. Já ouvi muitas mulheres dizendo que ficam loucas, desesperadas para dar uma saidinha. Eu não sou assim.

O sexo, então, não é fundamental na sua vida?
Atualmente, não. Só quando ele vem acompanhando de uma boa dose de amor, de paixão ou de, no mínimo, uma grande afinidade. Ainda sonha com o amor ideal? Não sonho. Mas tem certo tipo de homem que não tem a menor chance comigo. Homem burro, por exemplo (risos). Para mim o cara nem precisa ser bonito...

...Já disse que um dos grandes arrependimentos da sua vida foi ter feito dois abortos. Não penso nisso com muita freqüência, mas acho que poderia ter tido mais filhos. Se a gente pudesse reviver alguns momentos, esse com certeza eu corrigiria. Mas não me sinto culpada porque naquele momento era o que eu achava que deveria ser feito.

Os homens mais novos têm uma atração especial por você? Tenho mais facilidade em namorar pessoas mais jovens do que mais velhas. Talvez pelo fato de os homens da minha idade se ligarem em mulheres mais novas.

Você prefere os mais jovens?
Prefiro pessoas da minha idade ou mais. Gosto de me sentir uma menininha com um cara mais velho. É gostoso ser a menina da parada (risos).

quarta-feira, 3 de junho de 2009



Profissões comuns marcam passado de atores famosos
Engraxate e bancário foram atividades de gente famosa
...Já Eliane Giardini se lembra mais das suas primeiras semanas como telefonista. Ela atendia às solicitações de telegrama fonado nacional ou internacional em uma agência dos Correios. Eliane não sabia muito bem inglês e por diversas vezes, não entendia o que as pessoas falavam ao telefone. Ela, então, tinha de pedir para os clientes soletrarem as palavras. Mesmo assim, isso ainda não era suficiente. "Depois do expediente, eu passava meia hora trancada no banheiro com um dicionário, corrigindo os telegramas", confessa...
O ex-marido de Eliane, Paulo Betti, também começou sua vida profissional em outra atividade. Ele trabalhou durante três anos como bancário. Paulo confessa que não gostava muito do que fazia, pois considerava muito burocrático. "A gente passava o ano inteiro tentando fechar o caixa para, no final, jogar tudo pela janela", brinca, referindo-se à tradicional chuva de papel picado que ocorre nos centros financeiros no último dia útil do ano. Outro que trabalhou em banco foi Malvino Salvador, o "estourado" Tobias, de "Cabocla", que passou um ano sendo caixa...

Entrevista de 2003

Eliane Giardini

Nome completo: Eliana Teresinha Giardini

Aniversário: 20 de outubro

Signo: Libra

Onde nasceu: Sorocaba, interior de São Paulo

Como cuida do corpo: Faço ginástica e como em horários regulares. Evito carboidratos à noite e bebo água o dia inteiro.

O que faz para relaxar: Na verdade, não tenho muitos motivos para me estressar. Tenho uma situação de vida confortável e evito aborrecer-me. Quando estou cansada, tomo um banho e me deito. É uma sensação muito boa.

O que não falta na geladeira: Água de coco, iogurte e frutas.


Livro: 'Grande sertão: veredas', de João Guimarães Rosa.


Religião: Não tenho uma. Tenho muitas. Sou super interessada no assunto e vivo estudando. Da minha formação católica restou pouco e hoje em dia só aproveito o que cada uma tem que nos ensina a ter uma qualidade de vida melhor.


Parte do seu corpo que você mais gosta: Os olhos


Parte do corpo masculino de que mais gosta: O cérebro (risos). Já namorei homens horríveis que eu achava deslumbrantes. Um lindo pode desmoronar se não tiver inteligência.


Lugar para uma viagem romântica: Quando se está apaixonada, qualquer lugar. Veneza pode ser um fracasso se você estiver mal acompanhada.

Um drink para tomar a dois: Não sou uma mulher de drinks (risos). Para beber com alguém prefiro um vinho.
Já recebeu cantada de mulher? Já, algumas poucas. Mas sempre algo discreto. Nada ostensivo.


O melhor em ser solteira: Estou num momento bem prazeroso e curtindo estar solteira. Para eu namorar agora, tem que ser alguém que acrescente. Não estou a fim de fazer concessões. Estou adorando esta liberdade extrema de fazer o que quiser.


O pior em ser solteira: Às vezes a cama fica grande demais, né (risos)? Às vezes dá vontade de sentar num banco de pracinha ao lado de alguém legal.


Um ídolo: Não tenho um ídolo mas há pessoas que fazem a minha cabeça, como o dramaturgo Peter Brook, por exemplo. E admiro o Leonardo Boff e o Luís Fernando Verissimo.


Trabalho inesquecível: 'Renascer' foi um marco. Foi meu primeiro trabalho com o Luiz Fernando Carvalho, que eu adoro e foi com ele que fiquei mais conhecida, o que foi bom para meu trabalho.

Perfil de sua personagem atual


Caetana - A Casa das Sete Mulheres Esposa de Bento Gonçalves, com quem mantém um casamento felicíssimo, modelo e referência para os parentes, amigos e até inimigos. Belíssima mulher, digna e corajosa, nasceu e cresceu no Uruguai, onde Bento a conheceu no período que lá servia como capitão de guerrilhas, durante a Guerra Cisplatina. Sua beleza exerce extremo fascínio sobre o maior rival do seu marido, Bento Manuel Ribeiro, que jamais desistirá de conquistar seu amor. Apesar de muitas vezes a guerra deixá-la em situação fragilizada, Caetana nunca deixará de manter-se fiel ao seu grande amor.

Outros trabalhos A Casa das Sete Mulheres - Caetana

O Clone - Nazira Os Maias - Condessa de Gouvarinho

Andando nas nuvens - Janete

Hilda Furacão - Berta

Torre de Babel - Wandona

A indomada - Santa Maria de Sousa Pedreira (Santinha)

Explode Coração - Lola Engraçadinha... seus amores, seus pecados - Maria Aparecida

Irmãos Coragem - Estela

Incidente em Antares - Eleutéria

Renascer - Yolanda (Dona Patroa)

Felicidade - Isaura

Desejo - Lucinda Helena

Uma esperança no ar - Débora

Meus filhos, minha vida vida roubada - Hilda Campeão

Ninho da serpente - Lídia

terça-feira, 2 de junho de 2009


Ano-2002

ELIANE GIARDINI, atriz, 49 anos

Otávio Dias/ÉPOCA

Plástica na barriga, lipoaspiração na barriga e na cintura, tratamento nos dentes – R$ 33 mil
Manutenção (por ano): ginástica com personal trainer e cremes – R$ 10 mil
São minoria aqueles que nascem com os dotes naturais da beleza física. A maioria aprende a valorizar as potencialidades e, com o tempo, vai retocando os pontos fracos. Em condições normais, as pessoas têm mais tempo e dinheiro a partir dos 35 anos, com os filhos criados e a situação financeira estabilizada. Aos 39, a atriz Eliane Giardini resolveu que era hora de cuidar da imagem. Havia feito uma plástica após o nascimento das duas filhas, mas não tinha sido suficiente. Então casada com o ator Paulo Betti, partiu para um tratamento com medicina ortomolecular, entrou numa dieta rigorosa e adotou a malhação. Depois de perder 11 quilos, fez lipoaspiração para tirar as gordurinhas localizadas na cintura e na barriga. Mais bonita, foi ganhando papéis de maior importância na TV. Separou-se e, pouco depois, gastou o equivalente a um carro em um tratamento ortodôntico radical. “Foi uma verdadeira arquitetura no meu sorriso”, reconhece. Atualmente, Eliane não se considera bonita, mas se sente inteira às vésperas de completar 50 anos. “Hoje em dia, não há mulher feia. Tudo é uma questão de recursos e bom senso.”



Entrevista de 2005
Na idade da razão
Eliane Giardini, a Neuta de “América”, conta como se diverte no núcleo country da novela

Enquanto dá entrevista no confortável apartamento onde mora, com vista da Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio, Eliane Giardini presta atenção a tudo. Ao mesmo tempo em que toma o café da manhã, ela fala sobre a trajetória da sua viúva Neuta em “América”. Ao ver as filhas Mariana e Juliana saindo sem comer nada, encarna o típico papel de mãe e mostra-se preocupada. De perto, Eliane é o retrato da mulher brasileira que se modernizou com o passar dos anos. Cuida de casa, de si, dos filhos, trabalha fora e é bem-sucedida no que faz. Talvez por isso tenha tanto carisma junto ao público. A atriz atravessou a fronteira do tempo e fez da maturidade uma aliada de suas conquistas. “Existe o tempo cronológico, mas também o tempo de cada um, de cada coisa. Estou na idade em que tudo é permitido”, avalia Eliane, aos 51 anos.
Ao desfilar sua cobiçadíssima Neuta na tevê, Eliane acabou atraindo os olhares dos editores da Playboy, que a convidaram para posar nua. A atriz declinou da proposta, mas não deixou de sentir-se envaidecida. “O elogio já está feito. Não preciso fazer um ensaio para isso”, justifica Eliane, que ainda encontrou um motivo mais nobre para festejar o convite. “Todas as mulheres que estão na minha idade estão meio incluídas. É a prova de que essa faixa não exclui possibilidades”, teoriza.
Eliane pode estar certa. Afinal, ela própria só começou a despertar a atenção de produtores de elenco, autores, diretores e do público em 1993, quando conseguiu reverter um papel pequeno numa grande atuação na novela “Renascer”, na qual era a Dona Patroa. Na época, dizia para si mesma que, se não conseguisse legitimar seu talento na tevê, sairia de cena. Aos 40 anos, era conhecida apenas como a mulher do ator Paulo Betti - de quem se separou em 1997. “Eu achava que aos 40 já tinha que estar estabelecida. Mas foi um medo infundado”, admite.
Depois disso, a atriz não parou mais de aparecer na telinha. Só com Glória Perez, já são cinco novelas. Fato que a incentivou a topar o papel da viúva mais poderosa de Boiadeiros, fictícia cidade retratada na trama das oito da Globo. “Novela toma dez meses do nosso ano. Com todas as coisas que podem acontecer, a gente quer ter um pouco de segurança”, argumenta. A atriz conheceu Neuta logo depois de “O Clone”, na qual viveu a divertida Nazira. Numa viagem com Glória e Jayme Monjardim a Miami, Eliane teve um breve panorama do papel. “As mulheres da minha família são bem Neutas. Muito donas do pedaço, controladoras, fortes. Muito mais do que os homens”, descreve a atriz, que nasceu em Sorocaba, no seio de uma tradicional “famiglia” italiana.
Se Eliane já conhecia bem o universo da personagem, pouco sabia sobre os rodeios. “Nunca tinha visto um na vida. Mas o interior já estava no meu banco de dados. É bom porque não preciso controlar sotaque, trejeitos”, observa. É com o mesmo jeito franco e firme de Neuta falar, que ela discorre sobre o momento da personagem. E espera para os próximos capítulos cenas importantes com Bruno Gagliasso, que interpreta Júnior, o filho homossexual da fazendeira. “Acho que essa história pode trazer leveza para ela. Não sei como vai reagir ao descobrir que ele é gay, mas de repente isso faça a cabeça dela e passe a ser a glória”, especula a atriz, às gargalhadas.
É justamente por trazer reflexões à tona que Eliane goste tanto da personagem. “Às vezes, uma pessoa tem um problema e se tranca. Ao ver aquilo na novela, percebe que não está sozinho no barco, é quase uma libertação. Para mim a televisão em esse papel”, acredita a atriz, que troca experiências com Bruno so]bre a relação de mãe e filho que vivem na ficção. “Fiquei muito tocada com o talento dele. É interessado, atento e receptivo”, elogia o colega de cena, que também foi seu filho em “A Casa das Sete Mulheres”. A troca não acontece apenas com Bruno. Como participa de um núcleo jovem, Eliane se diverte bastante nas gravações das cenas ao lado de suas sobrinhas “marias breteiras”. “Pode perguntar qual é o estúdio mais animado da novela. Gravar com essa turma é uma delícia”, garante a atriz. E que ninguém duvide.

domingo, 31 de maio de 2009

Galeria de imagens de uma entrevista de 2005



























































Depois a entrevista será postada

;)





sábado, 30 de maio de 2009



Eliane Giardini fala sobre 'Caminho das Índias'


“Glória Perez está cruzando as fronteiras e derrubando o conservadorismo da cultura indiana'


Em entrevista à JP, a Indira de “Caminho das Índias”, Eliane Giardini fala sobre sua personagem, a relação com Laksmi e ainda, sobre o futuro de Indira na trama.Esposa de Opash e mãe de Raj, Amithab, Ravi e Shanti, a atriz revela que sua personagem é muito dedicada à família e sofre bastante com o ciúme e a pressão da temida Laksmi.Eliane afirma ainda, que se diverte bastante com as trocas de farpas trocadas entre ela, sua sogra e suas noras.“Estou muito feliz! É muito importante ter uma familiaridade com os costumes e nós tivemos essa experiência durante meses”.Sobre a descoberta de que o filho de Raj é um dalit, a atriz enfatiza que Glória Perez está preparando muitas novidades para o público e os personagens, já que esta situação envolve muitas questões, entre elas, o amor que o conservador Opash tem pelo menino.

sexta-feira, 22 de maio de 2009


Eliane Giardini



A atriz é uma boa fonte de conselhos quando o assunto é beleza. Ela é louca por doces, mas se controla em nome da boa forma.

Você é muito gulosa? Que tipo de culinária é a sua predileta?

Não diria que sou gulosa, mas gosto bastante de boa comida e não tenho culinária predileta. Gosto de tudo que é bom e bem feito.

Qual o prato que dá água na boca e faz você até se esquecer das calorias?


Sou louca por doces, mas tenho que me controlar. Às vezes, até como menos para não perder a sobremesa. Não cozinho nada.

Você já fez algum tipo de programa alimentar?

Meu programa alimentar é o do bom senso. Procuro comer tudo o que a gente sabe que é bom para a saúde e com moderação, assim não há nada proibido. Procuro também não jantar, mas não é sempre que se consegue.

Você treina? Que tipo de exercício faz para manter a forma? É acompanhada por um personal trainer?

Eu treino 4 vezes por semana com personal. Vario bastante para não ficar entediante. Faço massagens duas vezes por semana, variando também com drenagem linfática e aparelhos indermo.

Qual é o segredo para se manter sempre jovem?

Ainda não descobri. No meu caso treino a moderação, em tudo, no físico, na alimentação, no emocional e nas noitadas.

Como você se vê daqui a 20, 30 anos? Você tem medo de envelhecer?

Eu sou bastante otimista quanto ao futuro. São muitas as novidades e acredito que a velhice como a das nossas avós está cada vez mais distante. Eu sonho com uma vida longa, plena de saúde e lucidez. E trabalhando sempre, que é o que eu mais gosto de fazer.
Dizem que a melhor idade das mulheres é quando elas atingem os 40 anos.

Você se sentiu especialmente mais feminina depois dos 40? O que mudou?

O que eu sinto é que depois dos quarenta você vive uma nova adolescência, só que sem os problemas que costumam acompanhar essa fase, como insegurança vocacional, afetiva etc. É claro que você não tem mais aquela festa de hormônios da juventude, mas ganha em seletividade e segurança.

Em seus papéis na TV você passa sempre uma imagem equilibrada, sensata, muito segura de si. Você é pessoalmente assim?

Eu sou uma pessoa bastante racional e procuro manter o emocional sob controle. Acho que há uma defasagem entre esses dois mundos e um se beneficia bastante do outro, se houver uma boa medida. O emocional quase sempre é uma criança cheia de vontades, impulsiva, preguiçosa e pouca afeita aos limites. Eu procuro manter minha mente no controle, acho que até agora tem funcionado a contento.

Entrevista com os atores da peça Tarsila

1- Secretaria Estadual da Educação - Contem-nos como foram conduzidas suas trajetórias no teatro. Que experiências, que vivências lhes deixaram marcas e influências e os levaram a optar pelo caminho do teatro?

Eliane Giardini - Eu comecei a fazer teatro aos 18 anos. Teatro amador. Desde muito pequena me interessava vivamente por tudo que dizia respeito à interpretação. Tive tias muito dramáticas, que adoravam declamar poesias e me ensinavam. Tive uma amiga cujo pai fazia teatro amador, eu adorava assistir aos ensaios e, como era muito pequena, assistia da coxia. Aos 17 anos, um tio chamado Solha, escritor, resolveu fazer um longa-metragem na Paraíba, estado onde morava e mora até hoje. Ele veio a São Paulo alugar equipamento, câmeras, etc. e me levou com ele. Fiz o filme, que se chama O Salário da Morte e na volta, já em Sorocaba, comecei a fazer teatro amador. Um ano depois, prestei vestibular para a Escola de Arte Dramática em São Paulo.

2- SEE - O que é preciso para fazer teatro?

Eliane Giardini - Em primeiro lugar, talento. Essa coisa invisível, indefinível, mas imprescindível; depois, vem o cultivo: as leituras, informação, observação, interesse, esforço e, acima de tudo, a persistência.

3- SEE - Como vocês vêem a relação da escola com o teatro?
Eliane Giardini - Deveria ser infinitamente maior e melhor. Eu tenho uma experiência muito particular. Quando já fazia teatro profissional em São Paulo, atuava no grupo "O Pessoal do Victor". Esse grupo foi contratado pela Unicamp, para o estudo e posterior criação de uma escola de arte dramática. Inicialmente fizemos cursos abertos para todos os estudantes, para tentar chegar a algum lugar. Noventa por cento dos nossos alunos trancaram matrícula porque nunca tinham se perguntado realmente o que queriam fazer da vida, vinham numa conduta robótica, selecionando profissões baseadas num desempenho de mercado. Aquela pequena crise foi desencadeada pelo exercício do conhecimento de si mesmo, de investigação de valores pessoais.

4- SEE - De que maneira o trabalho com a dramaturgia pode ajudar professores e alunos na sala de aula?

Eliane Giardini - O forte do teatro sempre foi a reflexão. Todos os grandes temas, as grandes dúvidas, os grandes amores, e as pequenas misérias, são e serão seus temas. E nada mais libertador do que assistir a um drama semelhante. Saber que faz parte da natureza humana. Fora isso, é um excelente treino de conduta em conjunto. No teatro, a equipe é um antídoto contra o individualismo.

5- SEE - Vocês gostariam de sugerir aos professores algumas orientações básicas para o trabalho com teatro, na escola?

Eliane Giardini - Teatro amador em escolas foi o caminho luminoso que eu segui, a ponte que me levou a uma escola de teatro e, daí, à profissionalização.

6- SEE - O que representa, para o elenco, interpretar os pioneiros do movimento artístico modernista brasileiro?

Eliane Giardini - É apaixonante. Além de serem gigantes e revolucionários, colocaram o Brasil no mapa-múndi através da arte. Evocar essas personagens, contar suas histórias pessoais, além de nos aumentar como seres humanos e brasileiros, nos dá uma noção muito clara de nossa história recente. Ajuda a cultivar memória.

7- SEE - Gostaríamos que vocês comentassem sobre a atualidade dessa peça, bem como sobre a relevância de se encená-la atualmente.

Eliane Giardini - Acho que a resposta já está acima.

8- SEE - Comentem, por favor, sobre as alterações que o modernismo trouxe; como ele alterou o panorama da cultura de nosso país, tornando-se um complexo movimento de renovação cultural da arte no Brasil.

Eliane Giardini - A grande alteração que o movimento trouxe foi a valorização do que era brasileiro. Numa época totalmente "europeizada", os olhares e interesses foram convergidos para o que era despudoradamente brasileiro.

9- SEE - Oswald de Andrade, no Manisfesto da "Poesia Pau-Brasil", assim falou sobre o teatro: "Ágil o teatro, filho do saltimbanco, Ágil e ilógico. Ágil o romance, nascido da invenção. Ágil a poesia. A poesia Pau-brasil. Ágil e cândida. Como uma criança ". O que vocês podem comentar sobre isso?

Eliane Giardini - Traduz bastante o espírito do movimento, a alegria da desconstrução do que era pesado e inatingível como a arte européia. Tudo novo, tudo ainda por fazer, por inventar, por desobedecer.

10- SEE - O movimento modernista influenciou a arte dramática do ponto de vista de renovação estética?

Eliane Giardini - Claro, os tropicalistas resgataram o movimento modernista nos anos 60, com a montagem pelo teatro Oficina do Rei da Vela, de Oswald de Andrade, surgiram grupos como o Arena e o Oficina.

11- SEE - Há diferenças no processo de construção da personagem na televisão e no teatro? Quais?

Eliane Giardini - Não vejo diferença na construção. Todos meus personagens são trabalhados intelectualmente da mesma maneira. A forma de expressão é que muda. A televisão pede uma interpretação menor, mais natural, com pouca movimentação, favorecendo a captação da imagem. No teatro somos como peixes que foram tirados do aquário e jogados ao mar.

12- SEE - Eliane Giardini, qual a característica principal da personalidade de Tarsila que você apreendeu para compor a personagem?

Eliane Giardini - Tarsila foi abordada, no teatro e na minissérie, no público e no privado. No público fica sua altivez, sua elegância, sua alegria e leveza. No privado procurei sublinhar sua auto-estima elevada, sua generosidade e sua disposição para ser feliz.
Eliane Giardini se orgulha do corpão que tem

A atriz Eliane Giardini, a Caetana da minissérie A Casa das Sete Mulheres, revela à revista Boa Forma , de janeiro, que muito se orgulha do corpão que tem. Com quase cinquenta anos, ela conta que sua receita é simples: além de atividade física, mantém uma alimentação regular e equilibrada, com direito a cinco refeições diárias , à base de fibras, carboidratos e proteínas.


Eliane Giardini fala de sua bipolaridade artística

Não é de hoje que Eliane Giardini demonstra saber tirar proveito dos personagens exóticos - todas mulheres exageradas e de muita personalidade - que vive nas novelas de Glória Perez. A atriz, que se diz "uma pessoa básica" em seu cotidiano, é destaque agora em "Caminho das Índias" como a mãe passional capaz de deixar filhos, marido, sogra e noras em polvorosa com suas greves de fome e ameaças de ingestão de veneno. Indira é mais um dos tipos populares vividos por Eliane no horário nobre. Aos 56 anos, a atriz se diverte com tudo - até com as cenas em que se arrisca na dança indiana -, mas diz não abrir mão do que considera uma de suas marcas: transitar também por trabalhos mais requintados - e feitos de forma quase artesanal - como a microssérie "Capitu", sua empreitada anterior na TV, exibida no fim do ano passado. - Os meus trabalhos atendem a uma demanda interna que tenho. É uma bipolaridade artística. Gosto de fazer coisas sofisticadas na TV, mas me divirto e fico muito à vontade numa novela da Glória - garante Eliane, que já viveu memoráveis personagens da autora, como a cigana Lola de "Explode coração", a marroquina Nazira de "O clone" e a viúva Neuta de "América". - Trabalho de forma pendular. Tem momentos em que quero mesmo fazer uma novela das oito, popularíssima, vista por milhões. O que não impede a atriz, no exemplo recente de "Capitu", de se enfurnar num galpão do Centro do Rio, durante meses, para se dedicar a oficinas de corpo e voz da microssérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Na obra baseada em "Dom Casmurro", clássico de Machado de Assis, Eliane interpretou a controladora Dona Glória Santiago, mãe de Bentinho, e atuou ao lado de nomes ainda pouco conhecidos na TV.
- Sou uma pessoa muito básica na vida e gosto de fazer essas mulheres exageradas, que me levem para bem longe - completa. A capacidade de encarnar personagens tão distintos é reconhecida pelos amigos e companheiros de profissão. - Eliane é uma atriz que transita por onde tiver que transitar, que entra no universo de qualquer autor - constata a atriz Ana Beatriz Nogueira, também no ar em "Caminho das Índias", e amiga de Eliane desde que as duas atuaram juntas na peça "Memória da água", no começo desta década. - Ali ficamos amigas para sempre. Lembro até hoje de um ataque de riso que tivemos, na cena do funeral da mãe das personagens, quando troquei as bolas no texto - entrega a intérprete de Ilana na trama das 21h. - Eliane tem um senso de humor maravilhoso e é uma atriz que conhece muito bem o universo da Glória. Ela ajuda você em cena. Entro no set seguro quando sei que irei contracenar com ela - afirma Rodrigo Lombardi, que vive Raj, um dos filhos de Eliane na novela. Fã de seriados de ficção científica como "Lost" e "Fringe", Eliane Teresinha Giardini recebeu a Revista da TV em seu apartamento, em Ipanema, onde mora com a cadela Amora, da raça labrador. É lá que a atriz, inscrita agora num curso de ciências e física, recebe amigos e toma café da manhã todos os dias com as filhas Juliana, de 32 anos, e Mariana, de 28. - As duas estão casadas, mas cada uma mora em uma esquina perto aqui de casa. Temos uma relação leve, de parceria - conta a atriz, que agora está montando o curta-metragem "Filtro de papel", dirigido por ela e a filha caçula. Pai das filhas da atriz, com quem foi casado por mais de 20 anos, Paulo Betti começou a carreira junto com Eliane - os dois são de Sorocaba, no interior de São Paulo. - Fizemos teatro amador em Sorocaba. Além de muito bonita, Eliane sempre foi muito talentosa, tinha essa coisa de grande atriz desde o começo. Eliane é também uma mulher muito na dela, recatada, que não faz nada para agradar aos outros - conta Paulo. Apesar de ser completamente diferente de Indira, Eliane se inspira na própria família para interpretar a indiana. - Eu não penso que estou fazendo uma mãe indiana. Faço uma mãe como as da minha família, de origem italiana, que têm um sentido muito grande de tribo. Eu também cresci dessa forma - conta a atriz. - Indira é quase um ideal feminino. Tem três filhos homens, uma filha mais nova que é a cereja do bolo, uma sogra, mas ela também é sogra... - enumera.
A personagem é severa com a nora Surya (Cléo Pires), mas também amarga uma relação difícil com Laksmi (Laura Cardoso), mãe de seu marido Opash (Tony Ramos). Eliane, atualmente solteira, destaca a riqueza dessas relações familiares. - Na Índia existem até realities shows sobre noras e sogras. A mãe e a esposa são entidades muito fortes na vida de um homem. Cada uma quer marcar o seu território. Engraçado é que em "Capitu" também vivi isso - relaciona a atriz. Eliane adora gravar as movimentadas cenas da casa de Indira, fala do prazer de contracenar com os atores do seu núcleo, mas confessa que as sequencias da família dão um trabalho danado. - É um cenário beeem complicado, com muita gente e várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Ali só tem fera. É uma loucura - diz, enfatizando bem essa última palavra. Tony Ramos, que contracena com Eliane pela primeira vez, está admirado: - Pude descobrir de perto a grande atriz que ela é: consciente de sua profissão e de seu personagem - elogia o ator. Quem já viu Eliane em cena sabe que a atriz demonstra domínio sobre o que faz. Ela, porém, admite seguir mais a intuição ao interpretar mulheres tão distantes como uma indiana. - Eu não tenho muito a preocupação de composição de personagem para as novelas. Acho que ao longo dos anos você vai criando uma persona e as pessoas sabem onde você pode transitar ou não. Mas eu participei dos workshops da novela. Afinal, aquilo não é um baile à fantasia. Eu sei o que estou representando e precisei entender o fundamento de cada gesto. Tik, tik, concordariam os indianos da novela.


Revista da TV
O Globo



Sorocabana Eliane Giardini aproveita a maturidade
A sorocabana Eliane Giardini (foto) brinca que sempre que recebe um convite de Glória Perez para atuar, aceita sem saber o que vai fazer. A intérprete da zelosa Indira de “Caminho das Índias” já soma seis trabalhos com a autora, quase todos com papéis de destaque. Por isso mesmo, não se incomodou com as supostas semelhanças entre o trabalho atual e a inesquecível Nazira, solteirona marroquina que interpretou em “O Clone”. Aos 56 anos, ela também atribui à maturidade a segurança que vem sentindo. “A experiência leva a gente à tranquilidade. Você passa muitas vezes pelo mesmo lugar, já sabe maneiras de se virar bem”, filosofa.