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Seja bem- vindo ao Blog dedicado à atriz Eliane Giardini!

domingo, 31 de maio de 2009

Galeria de imagens de uma entrevista de 2005



























































Depois a entrevista será postada

;)





sábado, 30 de maio de 2009



Eliane Giardini fala sobre 'Caminho das Índias'


“Glória Perez está cruzando as fronteiras e derrubando o conservadorismo da cultura indiana'


Em entrevista à JP, a Indira de “Caminho das Índias”, Eliane Giardini fala sobre sua personagem, a relação com Laksmi e ainda, sobre o futuro de Indira na trama.Esposa de Opash e mãe de Raj, Amithab, Ravi e Shanti, a atriz revela que sua personagem é muito dedicada à família e sofre bastante com o ciúme e a pressão da temida Laksmi.Eliane afirma ainda, que se diverte bastante com as trocas de farpas trocadas entre ela, sua sogra e suas noras.“Estou muito feliz! É muito importante ter uma familiaridade com os costumes e nós tivemos essa experiência durante meses”.Sobre a descoberta de que o filho de Raj é um dalit, a atriz enfatiza que Glória Perez está preparando muitas novidades para o público e os personagens, já que esta situação envolve muitas questões, entre elas, o amor que o conservador Opash tem pelo menino.

sexta-feira, 22 de maio de 2009


Eliane Giardini



A atriz é uma boa fonte de conselhos quando o assunto é beleza. Ela é louca por doces, mas se controla em nome da boa forma.

Você é muito gulosa? Que tipo de culinária é a sua predileta?

Não diria que sou gulosa, mas gosto bastante de boa comida e não tenho culinária predileta. Gosto de tudo que é bom e bem feito.

Qual o prato que dá água na boca e faz você até se esquecer das calorias?


Sou louca por doces, mas tenho que me controlar. Às vezes, até como menos para não perder a sobremesa. Não cozinho nada.

Você já fez algum tipo de programa alimentar?

Meu programa alimentar é o do bom senso. Procuro comer tudo o que a gente sabe que é bom para a saúde e com moderação, assim não há nada proibido. Procuro também não jantar, mas não é sempre que se consegue.

Você treina? Que tipo de exercício faz para manter a forma? É acompanhada por um personal trainer?

Eu treino 4 vezes por semana com personal. Vario bastante para não ficar entediante. Faço massagens duas vezes por semana, variando também com drenagem linfática e aparelhos indermo.

Qual é o segredo para se manter sempre jovem?

Ainda não descobri. No meu caso treino a moderação, em tudo, no físico, na alimentação, no emocional e nas noitadas.

Como você se vê daqui a 20, 30 anos? Você tem medo de envelhecer?

Eu sou bastante otimista quanto ao futuro. São muitas as novidades e acredito que a velhice como a das nossas avós está cada vez mais distante. Eu sonho com uma vida longa, plena de saúde e lucidez. E trabalhando sempre, que é o que eu mais gosto de fazer.
Dizem que a melhor idade das mulheres é quando elas atingem os 40 anos.

Você se sentiu especialmente mais feminina depois dos 40? O que mudou?

O que eu sinto é que depois dos quarenta você vive uma nova adolescência, só que sem os problemas que costumam acompanhar essa fase, como insegurança vocacional, afetiva etc. É claro que você não tem mais aquela festa de hormônios da juventude, mas ganha em seletividade e segurança.

Em seus papéis na TV você passa sempre uma imagem equilibrada, sensata, muito segura de si. Você é pessoalmente assim?

Eu sou uma pessoa bastante racional e procuro manter o emocional sob controle. Acho que há uma defasagem entre esses dois mundos e um se beneficia bastante do outro, se houver uma boa medida. O emocional quase sempre é uma criança cheia de vontades, impulsiva, preguiçosa e pouca afeita aos limites. Eu procuro manter minha mente no controle, acho que até agora tem funcionado a contento.

Entrevista com os atores da peça Tarsila

1- Secretaria Estadual da Educação - Contem-nos como foram conduzidas suas trajetórias no teatro. Que experiências, que vivências lhes deixaram marcas e influências e os levaram a optar pelo caminho do teatro?

Eliane Giardini - Eu comecei a fazer teatro aos 18 anos. Teatro amador. Desde muito pequena me interessava vivamente por tudo que dizia respeito à interpretação. Tive tias muito dramáticas, que adoravam declamar poesias e me ensinavam. Tive uma amiga cujo pai fazia teatro amador, eu adorava assistir aos ensaios e, como era muito pequena, assistia da coxia. Aos 17 anos, um tio chamado Solha, escritor, resolveu fazer um longa-metragem na Paraíba, estado onde morava e mora até hoje. Ele veio a São Paulo alugar equipamento, câmeras, etc. e me levou com ele. Fiz o filme, que se chama O Salário da Morte e na volta, já em Sorocaba, comecei a fazer teatro amador. Um ano depois, prestei vestibular para a Escola de Arte Dramática em São Paulo.

2- SEE - O que é preciso para fazer teatro?

Eliane Giardini - Em primeiro lugar, talento. Essa coisa invisível, indefinível, mas imprescindível; depois, vem o cultivo: as leituras, informação, observação, interesse, esforço e, acima de tudo, a persistência.

3- SEE - Como vocês vêem a relação da escola com o teatro?
Eliane Giardini - Deveria ser infinitamente maior e melhor. Eu tenho uma experiência muito particular. Quando já fazia teatro profissional em São Paulo, atuava no grupo "O Pessoal do Victor". Esse grupo foi contratado pela Unicamp, para o estudo e posterior criação de uma escola de arte dramática. Inicialmente fizemos cursos abertos para todos os estudantes, para tentar chegar a algum lugar. Noventa por cento dos nossos alunos trancaram matrícula porque nunca tinham se perguntado realmente o que queriam fazer da vida, vinham numa conduta robótica, selecionando profissões baseadas num desempenho de mercado. Aquela pequena crise foi desencadeada pelo exercício do conhecimento de si mesmo, de investigação de valores pessoais.

4- SEE - De que maneira o trabalho com a dramaturgia pode ajudar professores e alunos na sala de aula?

Eliane Giardini - O forte do teatro sempre foi a reflexão. Todos os grandes temas, as grandes dúvidas, os grandes amores, e as pequenas misérias, são e serão seus temas. E nada mais libertador do que assistir a um drama semelhante. Saber que faz parte da natureza humana. Fora isso, é um excelente treino de conduta em conjunto. No teatro, a equipe é um antídoto contra o individualismo.

5- SEE - Vocês gostariam de sugerir aos professores algumas orientações básicas para o trabalho com teatro, na escola?

Eliane Giardini - Teatro amador em escolas foi o caminho luminoso que eu segui, a ponte que me levou a uma escola de teatro e, daí, à profissionalização.

6- SEE - O que representa, para o elenco, interpretar os pioneiros do movimento artístico modernista brasileiro?

Eliane Giardini - É apaixonante. Além de serem gigantes e revolucionários, colocaram o Brasil no mapa-múndi através da arte. Evocar essas personagens, contar suas histórias pessoais, além de nos aumentar como seres humanos e brasileiros, nos dá uma noção muito clara de nossa história recente. Ajuda a cultivar memória.

7- SEE - Gostaríamos que vocês comentassem sobre a atualidade dessa peça, bem como sobre a relevância de se encená-la atualmente.

Eliane Giardini - Acho que a resposta já está acima.

8- SEE - Comentem, por favor, sobre as alterações que o modernismo trouxe; como ele alterou o panorama da cultura de nosso país, tornando-se um complexo movimento de renovação cultural da arte no Brasil.

Eliane Giardini - A grande alteração que o movimento trouxe foi a valorização do que era brasileiro. Numa época totalmente "europeizada", os olhares e interesses foram convergidos para o que era despudoradamente brasileiro.

9- SEE - Oswald de Andrade, no Manisfesto da "Poesia Pau-Brasil", assim falou sobre o teatro: "Ágil o teatro, filho do saltimbanco, Ágil e ilógico. Ágil o romance, nascido da invenção. Ágil a poesia. A poesia Pau-brasil. Ágil e cândida. Como uma criança ". O que vocês podem comentar sobre isso?

Eliane Giardini - Traduz bastante o espírito do movimento, a alegria da desconstrução do que era pesado e inatingível como a arte européia. Tudo novo, tudo ainda por fazer, por inventar, por desobedecer.

10- SEE - O movimento modernista influenciou a arte dramática do ponto de vista de renovação estética?

Eliane Giardini - Claro, os tropicalistas resgataram o movimento modernista nos anos 60, com a montagem pelo teatro Oficina do Rei da Vela, de Oswald de Andrade, surgiram grupos como o Arena e o Oficina.

11- SEE - Há diferenças no processo de construção da personagem na televisão e no teatro? Quais?

Eliane Giardini - Não vejo diferença na construção. Todos meus personagens são trabalhados intelectualmente da mesma maneira. A forma de expressão é que muda. A televisão pede uma interpretação menor, mais natural, com pouca movimentação, favorecendo a captação da imagem. No teatro somos como peixes que foram tirados do aquário e jogados ao mar.

12- SEE - Eliane Giardini, qual a característica principal da personalidade de Tarsila que você apreendeu para compor a personagem?

Eliane Giardini - Tarsila foi abordada, no teatro e na minissérie, no público e no privado. No público fica sua altivez, sua elegância, sua alegria e leveza. No privado procurei sublinhar sua auto-estima elevada, sua generosidade e sua disposição para ser feliz.
Eliane Giardini se orgulha do corpão que tem

A atriz Eliane Giardini, a Caetana da minissérie A Casa das Sete Mulheres, revela à revista Boa Forma , de janeiro, que muito se orgulha do corpão que tem. Com quase cinquenta anos, ela conta que sua receita é simples: além de atividade física, mantém uma alimentação regular e equilibrada, com direito a cinco refeições diárias , à base de fibras, carboidratos e proteínas.


Eliane Giardini fala de sua bipolaridade artística

Não é de hoje que Eliane Giardini demonstra saber tirar proveito dos personagens exóticos - todas mulheres exageradas e de muita personalidade - que vive nas novelas de Glória Perez. A atriz, que se diz "uma pessoa básica" em seu cotidiano, é destaque agora em "Caminho das Índias" como a mãe passional capaz de deixar filhos, marido, sogra e noras em polvorosa com suas greves de fome e ameaças de ingestão de veneno. Indira é mais um dos tipos populares vividos por Eliane no horário nobre. Aos 56 anos, a atriz se diverte com tudo - até com as cenas em que se arrisca na dança indiana -, mas diz não abrir mão do que considera uma de suas marcas: transitar também por trabalhos mais requintados - e feitos de forma quase artesanal - como a microssérie "Capitu", sua empreitada anterior na TV, exibida no fim do ano passado. - Os meus trabalhos atendem a uma demanda interna que tenho. É uma bipolaridade artística. Gosto de fazer coisas sofisticadas na TV, mas me divirto e fico muito à vontade numa novela da Glória - garante Eliane, que já viveu memoráveis personagens da autora, como a cigana Lola de "Explode coração", a marroquina Nazira de "O clone" e a viúva Neuta de "América". - Trabalho de forma pendular. Tem momentos em que quero mesmo fazer uma novela das oito, popularíssima, vista por milhões. O que não impede a atriz, no exemplo recente de "Capitu", de se enfurnar num galpão do Centro do Rio, durante meses, para se dedicar a oficinas de corpo e voz da microssérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Na obra baseada em "Dom Casmurro", clássico de Machado de Assis, Eliane interpretou a controladora Dona Glória Santiago, mãe de Bentinho, e atuou ao lado de nomes ainda pouco conhecidos na TV.
- Sou uma pessoa muito básica na vida e gosto de fazer essas mulheres exageradas, que me levem para bem longe - completa. A capacidade de encarnar personagens tão distintos é reconhecida pelos amigos e companheiros de profissão. - Eliane é uma atriz que transita por onde tiver que transitar, que entra no universo de qualquer autor - constata a atriz Ana Beatriz Nogueira, também no ar em "Caminho das Índias", e amiga de Eliane desde que as duas atuaram juntas na peça "Memória da água", no começo desta década. - Ali ficamos amigas para sempre. Lembro até hoje de um ataque de riso que tivemos, na cena do funeral da mãe das personagens, quando troquei as bolas no texto - entrega a intérprete de Ilana na trama das 21h. - Eliane tem um senso de humor maravilhoso e é uma atriz que conhece muito bem o universo da Glória. Ela ajuda você em cena. Entro no set seguro quando sei que irei contracenar com ela - afirma Rodrigo Lombardi, que vive Raj, um dos filhos de Eliane na novela. Fã de seriados de ficção científica como "Lost" e "Fringe", Eliane Teresinha Giardini recebeu a Revista da TV em seu apartamento, em Ipanema, onde mora com a cadela Amora, da raça labrador. É lá que a atriz, inscrita agora num curso de ciências e física, recebe amigos e toma café da manhã todos os dias com as filhas Juliana, de 32 anos, e Mariana, de 28. - As duas estão casadas, mas cada uma mora em uma esquina perto aqui de casa. Temos uma relação leve, de parceria - conta a atriz, que agora está montando o curta-metragem "Filtro de papel", dirigido por ela e a filha caçula. Pai das filhas da atriz, com quem foi casado por mais de 20 anos, Paulo Betti começou a carreira junto com Eliane - os dois são de Sorocaba, no interior de São Paulo. - Fizemos teatro amador em Sorocaba. Além de muito bonita, Eliane sempre foi muito talentosa, tinha essa coisa de grande atriz desde o começo. Eliane é também uma mulher muito na dela, recatada, que não faz nada para agradar aos outros - conta Paulo. Apesar de ser completamente diferente de Indira, Eliane se inspira na própria família para interpretar a indiana. - Eu não penso que estou fazendo uma mãe indiana. Faço uma mãe como as da minha família, de origem italiana, que têm um sentido muito grande de tribo. Eu também cresci dessa forma - conta a atriz. - Indira é quase um ideal feminino. Tem três filhos homens, uma filha mais nova que é a cereja do bolo, uma sogra, mas ela também é sogra... - enumera.
A personagem é severa com a nora Surya (Cléo Pires), mas também amarga uma relação difícil com Laksmi (Laura Cardoso), mãe de seu marido Opash (Tony Ramos). Eliane, atualmente solteira, destaca a riqueza dessas relações familiares. - Na Índia existem até realities shows sobre noras e sogras. A mãe e a esposa são entidades muito fortes na vida de um homem. Cada uma quer marcar o seu território. Engraçado é que em "Capitu" também vivi isso - relaciona a atriz. Eliane adora gravar as movimentadas cenas da casa de Indira, fala do prazer de contracenar com os atores do seu núcleo, mas confessa que as sequencias da família dão um trabalho danado. - É um cenário beeem complicado, com muita gente e várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Ali só tem fera. É uma loucura - diz, enfatizando bem essa última palavra. Tony Ramos, que contracena com Eliane pela primeira vez, está admirado: - Pude descobrir de perto a grande atriz que ela é: consciente de sua profissão e de seu personagem - elogia o ator. Quem já viu Eliane em cena sabe que a atriz demonstra domínio sobre o que faz. Ela, porém, admite seguir mais a intuição ao interpretar mulheres tão distantes como uma indiana. - Eu não tenho muito a preocupação de composição de personagem para as novelas. Acho que ao longo dos anos você vai criando uma persona e as pessoas sabem onde você pode transitar ou não. Mas eu participei dos workshops da novela. Afinal, aquilo não é um baile à fantasia. Eu sei o que estou representando e precisei entender o fundamento de cada gesto. Tik, tik, concordariam os indianos da novela.


Revista da TV
O Globo



Sorocabana Eliane Giardini aproveita a maturidade
A sorocabana Eliane Giardini (foto) brinca que sempre que recebe um convite de Glória Perez para atuar, aceita sem saber o que vai fazer. A intérprete da zelosa Indira de “Caminho das Índias” já soma seis trabalhos com a autora, quase todos com papéis de destaque. Por isso mesmo, não se incomodou com as supostas semelhanças entre o trabalho atual e a inesquecível Nazira, solteirona marroquina que interpretou em “O Clone”. Aos 56 anos, ela também atribui à maturidade a segurança que vem sentindo. “A experiência leva a gente à tranquilidade. Você passa muitas vezes pelo mesmo lugar, já sabe maneiras de se virar bem”, filosofa.


Eliane Giardini está apaixonada por Tarsila

Desde que começou a mergulhar no universo de Tarsila do Amaral, sua personagem em Um Só Coração, Eliane Giardini não pára de pensar na quantidade de histórias que poderiam ser escritas sobre a pintora. Na opinião da atriz, a vida de Tarsila preencheria, sozinha, "umas dez minisséries". "Ela tem uma luz própria impressionante", avalia Eliane.
Exageros à parte, o fato é que a atriz vai continuar na pele da pintora depois do final da minissérie, e numa história só para ela. A autora de Um Só Coração, Maria Adelaide Amaral, convidou Eliane para estrelar a nova temporada de Tarsila, espetáculo que chegou a ocupar os palcos paulistanos por um mês e meio, com Esther Góes no papel-título. "Quando ela me convidou para a minissérie, já me deu a peça para ler e achei fantástica", comemora Eliane, que deve estrear o trabalho em maio.
Em função de Tarsila, a atriz se aventurou pela primeira vez com telas, pincéis e tintas. E jura ter se saído bem. "A professora insistiu para que eu continuasse as aulas", conta, orgulhosa. Suas pretensões, no entanto, não vão além do desejo de apresentar um trabalho o mais completo possível. Ela faz questão de dizer que não precisa de dublê nas cenas em que aparece pintando. E lamenta que o público talvez não perceba que são dela os traços que aparecem rascunhados por Tarsila. Aliás, colegas de cena, como José Rubens Chachá, que interpreta Oswald de Andrade, são os primeiros a duvidar. "Outro dia, estava desenhando com carvão e ele veio me perguntar se eu estava cobrindo os traços já feitos por alguém", comenta, aos risos.
Quais são as principais particularidades de interpretar uma personagem histórica?As diferenças são enormes. Temos uma liberdade muito maior ao fazer personagens dos quais as pessoas não têm nenhum resíduo no imaginário. Ao interpretar uma personagem real, fico um pouco engessada. Ao mesmo tempo, não temos muitos registros da Tarsila, a não ser os auto-retratos e as fotografias, que são coisas estáticas. Então, não posso fazer um trabalho como gostaria, de me aproximar não só fisicamente, mas também do temperamento dela, do jeito de ser, de falar, de caminhar.
Quais foram suas principais preocupações para não "trair" a essência da personagem?
Ela tem uma personalidade muito rica e preciso fazer escolhas o tempo todo. Gostaria, por exemplo, de fazê-la um pouco mais sofisticada, mas isso comprometeria a naturalidade. Ela era extremamente educada, imagino que não falasse alto, que se sentasse bem, não se "jogasse" nos lugares. Ao mesmo tempo, acho que os modernistas quebraram um pouco com tudo isso, tinham uma cabeça muito aberta. Então tento mostrar os dois lados: era uma mulher criada numa sociedade patriarcal, educada para ser dona-de-casa, mas falava várias línguas, casou, separou, foi para a Europa...

Esta aparente contradição foi o que mais atraiu você na personagem?
O mais fantástico é que ela rompeu todos os padrões da época sem fazer barulho. Sempre fez tudo o que quis - casou duas vez, "amigou" outras duas, o último marido era um rapaz com mais de 20 anos a menos que ela... Tudo isso dentro da alta sociedade, que é o lugar mais cheio de preconceitos e limites. E ela nunca foi banida, muito pelo contrário, era extremamente bem-vinda onde estivesse.

Você tem alguma predileção por minisséries?
Na realidade, gosto muito da falta de definição dos personagens de novela. Gosto de brincar com isso, de saber que o personagem pode ir para qualquer lugar. Na minissérie, já conhecemos a trajetória do personagem do início ao fim, não dá muito para fugir daquilo, sobretudo no caso de personagens históricos. Ao mesmo tempo, tem um requinte de produção que é incrível.

Você gosta de se sentir responsável pelos rumos de seus personagens nas novelas?
É isso. Nas minisséries, a gente já pega os personagens resolvidos, para o bem ou para o mal. Já em novelas sempre é possível injetar uma energia. Costumo dizer que a gente nunca deve recusar um papel em novela. É como uma corrida de São Silvestre: colocam todo mundo lá e dão a largada. Quem tiver resistência, conseguir correr bem e não se esgotar, chega. Porque a história da heroína se esgota e o autor vai ter de ir para algum lugar. Então há sempre muitas possibilidades. A não ser que o autor desista de escrever para o artista. Aí é melhor pedir para sair.
Serão postadas todas antigas entrevistas, textos ou citações com relção à Eline Giardini. ;)

domingo, 17 de maio de 2009

Eliane Giardini comenta com bom humor esse difícil convívio


Na maioria das vezes, os brasileiros têm uma relação de amor e ódio com suas sogras. Mas, na cultura indiana, esse convívio é ainda mais destacado. Em “Caminho das Índias”, Indira vive os dois lados desse conflito no mesmo ambiente familiar. Ela é sogra de Maya e Surya e, ao mesmo tempo, é nora da temida Laksmi. Indira é muitas vezes humilhada pela sogra, mas nem por isso trata as noras de uma forma melhor. Eliane Giardini diz que se diverte com essas trocas de farpas de um lado e de outro. A atriz também comenta o prazer de fazer parte do núcleo indiano da novela. Para ela, essa é uma experiência única, mas que a aproxima de suas raízes italianas. Confira o que Eliane contou na entrevista abaixo!
A sogra Eliane
“Eu não tenho noras, mas, se tivesse, não agiria da mesma maneira que a Indira. Essa tradição de que toda a família indiana tem que morar na mesma casa é o que mais agrava a relação de sogras e noras. Isso é pouco comum aqui no Brasil. Esse método pode até estreitar os laços familiares, mas também causa mais brechas para as intromissões alheias. A individualidade quase não conta. Na novela, esse convívio é um ponto a mais, para provocar a crise e dar um tom de comédia. Mas como a Indira ‘pegou’ para o público, acredito que o personagem tenha grande identificação aqui no país”.
Relação entre Laksmi e Indira
“Acho que não terá um alivio nessa relação. Pode ser que melhore um dia ou dois, mas rapidamente volta ao bom e velho padrão. Já está estabelecido que a relação entre nora e sogra na Índia seja assim. Acredito que seja algo bem característico daquele país”.
Como é interpretar uma indiana? “Não acho que estou interpretando uma indiana. Meu papel é mais de mãe, sogra e esposa. A Indira tem muitas características parecidas com as minhas referências italianas”.
Expressões em híndi
“Muitas vezes eu me pego falando as expressões fora de cena. Na minha casa as pessoas falam até mais. Sempre gostam de brincar com essas expressões. Com tudo isso, adoro estar nesta novela. Gosto muito de estar no núcleo indiano, que é um barato total”.
Indianos x brasileiros
“A maior diferença entre brasileiros e indianos está no comportamento. Mas dentro do ambiente familiar, as coisas são bem parecidas nos dois povos”.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eliane Giardini, Paula Pereira e Karina Ferrari
Paula Pereira, Eliane, Cléo Pires e André Gonçalves




Bastidores de Caminho das Índias




terça-feira, 12 de maio de 2009



Entrevista com Eliane Giardini, a Indira de Caminho das Índias


Eliane Giardini brinca que sempre que recebe um convite de Glória Perez para atuar, aceita sem saber o que vai fazer. A intérprete da zelosa Indira de Caminho das Índias já soma seis trabalhos com a autora, quase todos com papéis de destaque.
Por isso mesmo, não se incomodou com as supostas semelhanças entre o trabalho atual e a inesquecível Nazira, solteirona marroquina que interpretou em O Clone. Aos 56 anos, ela também atribui à maturidade a segurança que vem sentindo.
“A experiência leva a gente à tranqüilidade. Você passa muitas vezes pelo mesmo ‘lugar’, já sabe maneiras de se virar bem”, filosofa.
Eliane se sente cada vez mais jovem para experimentar coisas novas. A atriz dirigiu recentemente seu primeiro curta-metragem, Filtro de Papel, ao lado da filha, Mariana Betti. E gostou tanto da experiência que começou a “pensar grande”, como gosta de se referir.
“Vi um edital para um longa-metragem de baixo orçamento e já me animei toda”, antecipa, completando que não pode dizer ainda que texto pretende rodar. “Dirigir mudou completamente meu olhar de atriz. Quero explorar cada vez mais esse lado porque sei que isso vai se refletir na minha atuação no ar, como acontece agora, em Caminho das Índias“, garante.Essa é a sua segunda personagem estrangeira em uma novela.


Foi mais difícil compor uma indiana do que uma marroquina?


Não sei se dá para dizer que foi mais fácil ou mais difícil. Mas a verdade é que a Globo está mostrando uma preocupação forte com a preparação de todo o elenco antes de começarem as gravações. Ficamos uns 45 dias em workshops, estudando só a cultura indiana. E com atividades todos os dias. No mês de agosto tive de me dividir um pouco, porque ainda estava terminando Capitu. Mas essas lições foram fundamentais. Vimos análises de comportamento, palestras, dança, culinária, tudo que faz parte do universo indiano. A preparação para Caminho das Índias foi muito maior do que para O Clone. Na verdade, o que a gente aprendeu sobre o Marrocos também ajudou nesse trabalho.


De que jeito?


É quase que uma extensão. A cultura do Marrocos tem muitas semelhanças com a indiana, embora seja completamente diferente. Em ambas, a família é a base de tudo. Os conflitos dos personagens estão muito ligados a valores familiares. E isso é muito sábio até. Eu gosto porque lembra a minha educação. Parece bastante com a minha família.


Que semelhanças com o seu passado ajudaram nesse trabalho?

Vim do interior, de uma família grande, italiana. Às vezes, eu fico pensando que a diferença é meio que de tempo. Meu avô veio da Itália e montou uma oficina mecânica aqui. Todos os filhos trabalhavam com ele. Se algum queria sair, sentia vontade de viver outras experiências, virava o desgosto da família. Tinha de trabalhar ali. Por um lado é massacrante, porque você perde sua individualidade. Mas, por outro, você encontra uma sustentação, sabe que não está sozinho no mundo. É uma segurança maior ter pessoas dando suporte a você. Aconteça o que for, elas vão estar ali. Quando gravo, tenho a sensação de que estou lá em Sorocaba, na Rua Comendador Oeterer, com a minha avó e minha bisavó. Isso me ajudou a entender vários valores abordados na novela.

Muita gente reclama que a Índia não tem mais a rigidez de costumes que a novela apresenta. Você é muito abordada nas ruas por causa disso?


Sinceramente, esses comentários não fazem a menor diferença para mim. Tem gente que vai gostar muito e gente que vai odiar o que está sendo mostrado. Posso dizer que ouço muitas coisas boas de vários indianos, descendentes de indianos e pessoas que já visitaram a Índia. Aliás, nunca pensei que tivesse tanta gente no Rio com referências indianas. Acredito que a Índia está passando por uma modificação absurda agora, até porque não existem mais barreiras, as informações circulam. Existe uma tendência ao individualismo lá também. Parece que é uma questão de tempo para que tudo acabe, os costumes estão se dissolvendo rápido.

O que essas pessoas dizem?


A maioria acha, pasme, que a abordagem é até discreta. Alguns falam que a novela está pálida. E isso enquanto há brasileiros que reclamam que é tudo alegre demais. Há um tempo atrás, eu dava muito valor ao que as pessoas achavam, ficava preocupada. Hoje aprendi a ser indiferente a essas coisas.

Você sentiu falta de gravar na Índia? Isso atrapalhou sua composição?


Não vou mentir que não estava louca para ir com a equipe. E achei que fosse. Mas não rolou. Analisando bem, não havia necessidade. A maioria das minhas cenas é em estúdio, são poucas as externas que faço em cidade cenográfica. Claro que ver, conviver, ainda que por pouco tempo, teria sido de grande valia. Mas não me sinto prejudicada com isso.

A Indira marca, de certa forma, seu retorno a um papel cômico na TV. Você gostou dessa volta?


O bom da Indira é que ela tem um pé no humor sim, mas é uma mulher com conflitos densos. Eu senti falta de sair um pouco da comédia antes. E fui atendida quando me escalaram para interpretar a Pérola de Eterna Magia. Foi um trabalho muito bom para mim. Eu viajava nessa magia dos anos 40, 50. Me sentia em um filme daquela época. Depois fiz Capitu, acho que minha carreira vai muito bem na TV. Não tenho motivos para reclamar.

Quando você foi escalada para Caminho das Índias, teve receio de comparações com a Nazira, de O Clone?

Inicialmente, sim. Na verdade, isso era uma coisa dentro de mim. Mas eu dirigi um curta com minha filha que me ajudou muito nisso. Aprendi ali que quando se escala alguém para um papel, é pela “atmosfera” do ator. Claro que vão ter semelhanças, sou eu fazendo. É a minha voz, é a minha cara. E se a Glória Perez me escolheu, é porque ela sabe o que eu tenho a oferecer para esse personagem. É comum em novela você escalar um ator para aquilo que ele já mostrou que sabe fazer. É diferente de uma minissérie ou um espetáculo, onde você tem tempo para se despir de todas as características de personagens passados e embarcar em um trabalho de concentração e criação. Foi assim em Capitu, por exemplo.

Quanto tempo você trabalhou em cima de Capitu?


Você entrou no ponto que faz toda a diferença. Antes de começar a gravar, foram três meses só estudando a obra e os personagens. Depois, um mês e meio gravando. Foram quatro meses e meio de trabalho. E isso para cinco episódios no ar. Assim dá para você apagar o que você já fez, escolher o que mais tem a ver com a situação, com o personagem… Novela é mais difícil. Não tinha muito sentido ficar pensando no registro de voz, de caminhar, de falar da Nazira e da Indira. Tem quase oito anos que fiz O Clone. Eu já me refiz inteira desde aquela época. Por isso eu desencanei mesmo do risco de comparações.


Depois de muito tempo, você faz uma novela onde sua sensualidade não é explorada. Como você encara isso?


Acho ótimo poder usufruir dessas variações aos 56 anos. O ideal é trabalhar de forma periférica. Em cada obra eu desenvolvo melhor um lado. É isso que ajuda a tornar cada personagem diferente. Tem um monte de características minhas no banco de reserva, diferentes das que elegi para a vida. Elas ficam esperando uma oportunidade de serem usadas nos meus papéis.

Quase “local”Eliane Giardini se diverte ao comparar sua vida com os valores familiares explorados em Caminho das Índias. Assim como os personagens do núcleo estrangeiro da novela de Glória Perez, a atriz conseguiu juntar três de seus principais parentes em um trabalho.
No curta Filtro de Papel, ela dividiu a direção com a filha Mariana Betti, usou um texto da irmã, Elizete Giardini Rosa, e acrescentou na última cena uma música da outra filha, Juliana Betti. “Quando eu digo que me identifico demais com a proposta da novela, não é exagero. As pessoas que saíram do interior têm esse apego à família”, justifica.
Decidida a se aperfeiçoar como atriz através de experiência no cinema e dirigir também, de alguma forma, sua carreira, Eliane já tem outro projeto próprio. Ela vai transformar em filme o espetáculo O Mundo dos Esquecidos, que encenou em 2007. A atriz já tem larga experiência em “fabricar” trabalho.
Antes de fazer sucesso como a batalhadora Dona Patroa em Renascer, na Globo, em 1993, as oportunidades para Eliane na TV não eram tão boas. Isso quando elas apareciam. O que deixava a atriz mais próxima dos palcos, produzindo suas peças. “Até os 40 anos eu não conseguia fazer um bom trabalho em TV. Eu tinha a síndrome da mulher invisível, não conseguia ser notada”, confessa.
Adaptação fácil.Um dos maiores prazeres de Eliane ao gravar suas cenas em Caminho das Índias é usar o figurino de Indira. A atriz não só se acostumou às cores e acessórios de sua personagem como também passou a gostar das peças utilizadas. Fico triste cada vez que acaba e eu tenho de tirar para ir embora”, exagera.
A vantagem de usar um figurino extravagante, na opinião de Eliane, é poder experimentar algo que ela jamais se permitiria fora da ficção. “Sou muito básica na vida. Por isso mesmo, o trabalho funciona como uma terapia para mim”, entrega.
Além disso, a atriz admite que o “exagero” das roupas indianas – sob o ponto de vista ocidental – é um fator que a auxilia a “entrar” na personagem. “É só eu botar o cabelo, a roupa e a maquiagem que a Indira vai chegando. No final, eu não vejo mais a Eliane no espelho”, conclui.


Trajetória televisiva


Ninho da Serpente (Band, 1982) – Lídia.

Campeão (Band, 1982) – Cris.

Vida Roubada (SBT, 1983) – Hilda.

Meus Filhos, Minha Vida (SBT, 1984) – Carmem.

Uma Esperança no Ar (Band, 1985) – Débora.

Helena (Manchete,1987) – Joana.

Desejo (Globo, 1990) – Lucinda.

Felicidade (Globo, 1991) – Isaura.

Renascer (Globo, 1993) – Iolanda (Dona Patroa).

Incidente em Antares (Globo, 1994) – Eleutéria.

Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados (Globo, 1995) – Maria Aparecida.

Irmãos Coragem (Globo, 1995) – Estela Barros.

Explode Coração (Globo, 1995) – Lola.

A Indomada (Globo, 1997) – Santinha.

Hilda Furacão (Globo, 1998) – Bertha.

Torre de Babel (Globo, 1998) – Wandona.

Andando Nas Nuvens (Globo, 1999) – Janete.

Os Maias (Globo, 2001) – Condessa de Gouvarinho.

O Clone (Globo, 2001) – Nazira Rachid.

A Casa das Sete Mulheres (Globo, 2003) – Caetana.

Um Só Coração (Globo, 2004) – Tarsila do Amaral.

América (Globo, 2005) – Neuta.

JK (Globo, 2006) – Tarsila do Amaral.

Cobras & Lagartos (Globo, 2006) – Eva.

Eterna Magia (Globo, 2007) – Pérola.

Capitu (Globo, 2008) – Dona Glória.

Caminho das Índias (Globo, 2009) – Indira.


Opash e família se desesperam

Depois de se casar com Camila diante do fogo sagrado, Ravi conta a novidade para sua família. Eles não gostam do que ouvem, mas não ficam tão preocupados por acreditar que o ritual não é válido.
Por garantia, Opash decide consultar Pandit. Depois de estudar os livros sagrados, o sacerdote dá a resposta: “Ravi fez o casamento Ghandarva. Não pode ser desfeito!” A família fica desesperada. Indira desmaia. Laksmi e Karan não se conformam com a atitude de Ravi. Opash fica furioso e corre para dar uma bronca no filho.
Mas o pior ainda está por vir. Pandit explica o que acontece após o casamento Ghandarva: “A firanghi estrangeira vem para dentro dessa casa!” Laksmi reage, tensa: “Uma firanghi estrangeira aqui?”.

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Eliane Teresinha Giardini ( Sorocaba- 20 de outubro de 1952) cresceu no seio de uma família bastante grande, de ascendência italiana e portuguesa. Muito enérgica e independente, começou a trabalhar aos dezessete anos. Como atriz, começou por fazer um filme da autoria de um tio. Depois, fez teatro amador e ingressou na Escola de Teatro da Universidade de S. Paulo, onde, anos mais tarde, se formou atriz e junto com Paulo Betti, com quem casara mais tarde, iniciaram uma escalada na carreira de atores, primeiro mesmo em Sorocaba e, mais tarde, em São Paulo. Eliane fez a sua estréia no cinema, em 1971, com o filme O Salário da Morte, de Linduarte Noronha, rodado em Pombal-PB (Quanto a teatro, a sua estréia foi com a peça Marvada Carne). Dona de um grande talento, no teatro lhe rendeu prêmios de Melhor Atriz. Seu maior destaque é na TV, com participações em inúmeras novelas, especiais e minisséries da Rede Globo. No cinema destaca-se em filmes como O Amor Está no Ar (1997), de Amylton de Almeida, Uma Vida em Segredo (2001), de Suzana Amaral,Histórias do Olhar (2002), de Isa Albuquerque e Olga (2004), de Jayme Monjardim.